"... Por sua natureza, você
terá que se ocupar na luta." BAGHAVAD-GITA, verso 59 (trecho final). Ou
isso, ou direção errada!
Citado e brevemente comentado pelo
amigo Julio Dorneles e me lembrou desta passagem como que num instantâneo.
E me veio à cabeça minha leitura
disto lá em 1989. Segundo semestre de curso.
Esta expressão surge num contexto
bem específico. E esta é a resposta de porque ele deve sacrificar seus
adversários sem temor e sem mágoas...só que os adversários dele na batalha que
se aproxima são seus parentes.
No meu trabalho de filosofia
oriental que era sobre esta passagem eu tentei ver qual o critério de decisão
ai posto. Isso foi lá em 1989 e confesso que tenho poucas lembranças nítidas. Só
sei que viajei um bocado nisto e depois que entreguei ao professor Mário
Freiberger, me arrependi porque queria ter feito um certo reparo e queria ter
ficado com uma cópia também.
No caso, o Principe Arjuna com dó
dos seus semelhantes se lamentava doq eu se aproximava...dai que Khrishna
aplica esta da natureza nele...ou melhor argumenta que ele precisa cumprir seu
Karma, em outra palavra, para que o Dharma de todos seja possível. Este é para
mim um argumento clássico a favor da luta...Te faz compreender teu papel no
mundo e na história pela realização de um determinada natureza. Eu creio que
isto é uma pré-condição para os heróis e todos aqueles que fazem algum tipo de sacrifício
em prol de um coletivo. Uma espécie de aceitação do destino e da sua natureza
que irá se realizar plenamente nele.
Você não pode matar o próximo no
campo de batalha, você deve cumprir sua natureza para manter tudo em
equilíbrio...então...
Foi que legal que o amigo e
professor de história e teólogo luterano tenha postado isso também porque reconheci na hora e porque,
além disso, ante-ontem assisti pela enésima vez O Último Samurai e me lembrei
muito disso tudo. Desta trama entre natureza, graça, honra e destino de um
homem. O samurai sabe que vai realizar o seu destino e é educado desta forma
para que sua natureza seja enaltecida e aperfeiçoada de tal modo que seu final será
de muita honra em um campo de batalha. É.deste tipo de ETHOS e Honra que se
nutria para mim também os espartanos, no que o filme 300 dá só uma palha disso,
num dos episódios históricos mais conhecidos.
Ainda vou reconstruir um dia meu
primeiro ensaio sobre o Bhagavadad. Eu havia escolhido este texto porque - para
mim - era muito importante o sentido e a
força daquilo que eu lia. Naquela época e mesmo antes eu nutroa uma forte
simpatia e admiração pelos Hare Krishnas. E após conviver com eles e respeitá-los
e cantar com eles o hare krishna, como o Beatle George Harrison cantou com
muita devoção, me dei por conta da
importância desta cultura e tradição, tanto num sentido espiritual quanto histórico...
Terminando este belo ano com esta
rica lembrança do coração e da alma.
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