"Numa certa tarde em 1973, passava por uma rua bem pacata em São Francisco, estava lá a vaguear e pensar na vida, tinha deixado tudo no hotel pela manhã e resolvi caminhar um pouco meio que sem direção e sem muita explicação e eis que vi a certa distância numa varanda em meio a uns entulhos um cara brincando com gatos e zoando, vez por outra praguejando e vez por outra rindo alto ás gargalhadas. Fui atraído pelo barulho, porque me pareceu uma situação curiosa, daquelas que atraem minha atenção pela inusitada imagem e pelo som meio que familiar em plena composição.
As cores deste dia eram muito claras, os sol de São Francisco tem uma caraterística muito atraente, pois parece cantar em luzes com uma brisa que vem do mar e que vem refletindo aquela cor que só um sol de baia possui. Era como um crepúsculo mágico e ao mesmo tempo mais luminoso que um crepúsculo. No meio da tarde... Mas, voltando ao caso, eis que volto de novo meus olhos para dentro daquele lugar, que parecia ser um pátio abandonado de uma casa de madeira - aqueles chalés avarandados típicos americanos e, ao mesmo tempo, parecia também um parque de diversões para gatos, vadios e crianças - um verdadeiro playground, quando, então, meus olhos cruzaram com os olhos desse cara desalinhado que me lembrava muito aquele velho babaca lá do Leblon, como é que era o nome dele? O Zito! Sim aquele cara que brigava com qualquer coisa que lhe parasse pela frente só pelo gosto de ver como a pessoa, o bicho ou o que quer seja se sairiam dessa.
E não era o Zito. Mas por curiosidade lhe indaguei após uma tragada algo em inglês como "How hare you?" e ele me devolveu em um francês arranhado por um pigarro maior que o meu: "Thhouttt biaaannnrg".
Bem, à esta altura, eu sabia que o diálogo não era mesmo com o Zito, mas que também envolvia certa diplomacia que poderia progredir para um pequeno embate, confronto, batalha, terceira guerra mundial ou uma saída diplomática honrosa para os dois, um pequeno acordo, tratado ou saída à francesa. Não deu outra coisa, acabamos sentados vendo uma velha tevê em preto e branco que passava faroeste e falando de poesia, sexo, mulheres, casamento, bebida, cartas de amor e de despedida e o velho grande e bom pé na bunda que decide sempre qualquer parada.
E ele falou um tempo em música clássica. E eu falei de violão e pandeiros. Lhe falei que gostava muito de subir ao palco e beber um whyski e ele me disse que preferia beber na cama um velho bourbon de qualquer marca como um corpo ardendo ao seu lado.
Fiquei ali sentado fumando e o tempo foi passando. Às vezes fazíamos alguns silêncios longos e então voltávamos a falar e a medida que isso ia acontecendo avançávamos para questões cada vez mais existenciais e essenciais, das quais não vou falar nada agora porque é sábado de manhã e tem muitas crianças e alunos desse cara que leem isso aqui." e assim se seguiu esta história ao infinito em busca da eternidade pela sua própria imaginação e direção...bah o...pára né...
As cores deste dia eram muito claras, os sol de São Francisco tem uma caraterística muito atraente, pois parece cantar em luzes com uma brisa que vem do mar e que vem refletindo aquela cor que só um sol de baia possui. Era como um crepúsculo mágico e ao mesmo tempo mais luminoso que um crepúsculo. No meio da tarde... Mas, voltando ao caso, eis que volto de novo meus olhos para dentro daquele lugar, que parecia ser um pátio abandonado de uma casa de madeira - aqueles chalés avarandados típicos americanos e, ao mesmo tempo, parecia também um parque de diversões para gatos, vadios e crianças - um verdadeiro playground, quando, então, meus olhos cruzaram com os olhos desse cara desalinhado que me lembrava muito aquele velho babaca lá do Leblon, como é que era o nome dele? O Zito! Sim aquele cara que brigava com qualquer coisa que lhe parasse pela frente só pelo gosto de ver como a pessoa, o bicho ou o que quer seja se sairiam dessa.
E não era o Zito. Mas por curiosidade lhe indaguei após uma tragada algo em inglês como "How hare you?" e ele me devolveu em um francês arranhado por um pigarro maior que o meu: "Thhouttt biaaannnrg".
Bem, à esta altura, eu sabia que o diálogo não era mesmo com o Zito, mas que também envolvia certa diplomacia que poderia progredir para um pequeno embate, confronto, batalha, terceira guerra mundial ou uma saída diplomática honrosa para os dois, um pequeno acordo, tratado ou saída à francesa. Não deu outra coisa, acabamos sentados vendo uma velha tevê em preto e branco que passava faroeste e falando de poesia, sexo, mulheres, casamento, bebida, cartas de amor e de despedida e o velho grande e bom pé na bunda que decide sempre qualquer parada.
E ele falou um tempo em música clássica. E eu falei de violão e pandeiros. Lhe falei que gostava muito de subir ao palco e beber um whyski e ele me disse que preferia beber na cama um velho bourbon de qualquer marca como um corpo ardendo ao seu lado.
Fiquei ali sentado fumando e o tempo foi passando. Às vezes fazíamos alguns silêncios longos e então voltávamos a falar e a medida que isso ia acontecendo avançávamos para questões cada vez mais existenciais e essenciais, das quais não vou falar nada agora porque é sábado de manhã e tem muitas crianças e alunos desse cara que leem isso aqui." e assim se seguiu esta história ao infinito em busca da eternidade pela sua própria imaginação e direção...bah o...pára né...
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