Achei esta foto na minha caixa de sapato mais velha.
É um menino, apenas isso, nos meus e seus 22 anos de idade. Início de 1988, primeira semana de janeiro. É provável que tenha sido no dia em que definitivamente decidi não ter mais nenhum medo do futuro, decidi não ser nem apocalíptico, nem integrado. Foi um dia em que olhei para a máquina e disse deixa eu te olhar melhor e rir de você. Foi um dia em que olhei para o céu, desenhei na minha mão estrelas e no papel os traços fundamentais da minha vida. E comecei a andar com muita coragem para o futuro e a viver de certa forma por minha conta e risco. Obrigado Porto Alegre, em teu céu azul descobri uma parte fundamental do que eu sou e do que eu ainda preciso ser. E um obrigado muito especial a quem me acolheu e me apoiou naqueles dias, a quem me amou e me orientou. Não é possível voltar, não é possível fazer de novo, mas a lembrança só aumenta o meu carinho e gratidão perante o passado, perante as pessoas do meu passado.
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