Lembrando meu velho...lembrando aquele jeitão calmo e lento dele responder as coisas...nessa música parece que ando com ele pelo mundo entendendo aquilo que nunca entendi, sentindo uma saudade grande daquela firmeza e daquele passo seguro e estudado, na escada, no andaime, no parapeito de uma sacada, na beira do precipício aquela olhadinha para baixo e um sorriso suave no canto da boca que parecia dizer: a partir dali o nada, mas nós estamos aqui, continuamos andando e vamos continuar andando...as vezes eu acho que é isso que é ser imortal, não é ser um herói, não é ser um gênio, não é ser isso ou aquilo, é ser e desprezar o nada ou olhar para ele com um pequeno sorriso na boca e nos olhos, fintando-o como ele realmente é, apenas um limite imaginário das coisas e do tempo. Tudo passa, aquela ferida passa, a dor passa, tudo passa...assopra e segue: HURT - JOHNNY CASH
Nenhum comentário:
Postar um comentário