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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

OLINDO FLORES E O RESPEITO À SUA IMAGEM E HISTÓRIA

Neste último sábado - dia 18 de fevereiro - o Sr. Paulinho dos Quadros publicou em seu perfil no Facebook, um vídeo de alguns poucos minutos em que filma num primeiro quadro a frente da escola fazendo uma narrativa sobre ela, mas  sem bater ou ingressar pela porta da frente da escola. Se percebe imediatamente que ele está fazendo juízo sobre as condições da escola sem ingressar nela. A iniciativa poderia ser muito boa se ele prosseguisse e fosse feita então uma tomada completa e não parcial da realidade da nossa escola ingressando na mesma e conversando com a direção da escola sobre suas condições. Porém, o mesmo não segue nesta direção. Logo em seguida o cidadão - que aliás é pai de duas meninas que concluíram seu ensino médio na escola - avança para um segundo quadro abordando um trecho do muro da escola lá nos fundos e que foi derrubado justamente no mesmo ponto em que alguns moradores da nossa vizinhança e imediações depositam lixo na escola. Ele flagra a passagem para dentro da área dos fundos e a quadra esportiva bem como o campo de futebol da escola e adentra, para minha surpresa, pela mesma na área de forma exultante e exclamando a todo tempo que a escola está abandonada. Eu e meus colegas que trabalham naquela escola nos sentimos desrespeitados pelo vídeo e em virtude disto publicamos e comentamos, com muitos alunos e alunas da escola e ex-alunos e ex-alunas passamos a contestar a sua contribuição e sua forma de denúncia não compreendendo ou vendo nela nenhuma contribuição efetiva na defesa da escola. Ao contrário, ao nosso ver ela explora e induz a uma imagem negativa da escola por aquilo que não representa nosso trabalho e nossa dedicação. 

Devo dizer que só vi o vídeo hoje a tarde por inteiro e que o que vi é pior do que a primeira impressão que tive na tomada incompleta. Agora me sinto realmente provocado a responder em diversos aspectos. Meus colegas afirmaram com orgulho a defesa da imagem da escola e houve também a afirmação veemente de que a escola não está abandonada, o que eu creio que é o conteúdo mais ofensivo dá performance pessoal do cidadão que não se contentando em denunciar a porteira quebrada, invadiu a escola dando testemunho prático não dá sua possibilidade como pode parecer, mas do seu gosto por violar os limites de respeito e consideração pela nossa escola, pelo corpo de trabalhadores e educadores que nela labutam, e pelos alunos e ex-alunos que nela tem formação. Além disto, ao contrário de diversos outros pais e membros dá comunidade o mesmo não se colocou em nenhum momento a disposição para ajudar. Fez um chamada geral escandaloso na nossa escola sem falar com a gente e sem se propor a nos ajudar e a decidir e debater como realmente fazer isto. É uma atitude voluntária e unilateral que não nos ajuda em nada. Gera confusão com pessoas que não entendem e não são esclarecidas que o governo municipal pouco tem que ver com  a escola. Postou um vídeo dúbio sobre a escola e ao mesmo tempo resiste, pelo visto, em admitir sua abordagem equivocada do tema. É lamentável porque joga água justamente num dos nossos maiores desafios como educadores que consiste não somente em trabalhar bem, preparar aulas e educar os alunos, mas também em fazer frente a este hábito irresponsável de alguns em falar mal da nossa escola gratuita ou deliberadamente. Nossa escola já teve muita má fama em virtude de desacordos sobre nossa histórica atuação sindical e também em virtude de condutas de alguns alunos que não são maiores do que em outras escolas. No ambiente interno à escola somos reconhecidos por dar abordagem humana na educação dos alunos, apoiar e orientar os alunos com muito zelo e cuidado em todas as situações e também por promover a consciência cidadã e responsável dos nossos jovens. E isto fica muito demonstrado com as manifestações dos nossos jovens em apoio a escola que se sucederam e também pela intensa atuação política e civilizada de muitos dos nossos ex-alunos e ex-alunas.

Minha resposta rápida no perfil do videomaker tem dois componentes apenas. Público aqui e me despeço pedindo consideração de todos que compartilharam o vídeo com o nosso grande desafio de defender a educação contra este mau hábito de fazer da maledicência simplória arma de promoção pessoal e de ataque irresponsável à nossa escola. E este hábito pernicioso de falar mal de nossa escola, sem conhecer a nossa escola e sem respeitar o nosso trabalho coletivo nos ofende e nos avilta.

Nós temos feito um esforço coletivo com professores e pais, alun@s e ex-alun@s pra manter esta escola, defender a educação e preservar a democracia nela. A história deste muro e do outro que foi derrubado a chutes deveria denunciar não tanto, ao meu ver, o descaso do governo estadual, mas sim a infeliz incapacidade de alguns membros da nossa comunidade do entorno de respeitar a escola também não depositando lixo junto ao seu muro e não depredando o mesmo à título algum. Nos dois casos, os muros foram derrubados por vandalismo de membros do nosso meio comunitário, ou seja, não foi nenhum extra terrestre que foi lá derrubar o muro para usar as quadras ou fazer outra coisa. Além disto, é muito frequente também ser feita a deposição de lixo domiciliar e extra domiciliar no entorno da escola. E não é a falta de calçada que justifica isto e nem gostar ou não do governo municipal, estadual e federal. Sou professor lá desde 1999 e tenho muito orgulho de formar centenas de jovens nestes anos todos com meus colegas e com a comunidade. O que o Olindo mais precisa é também de respeito. A atual direção, da qual faço parte, tenta ao máximo manter o ambiente interno e já tem tratado com esta administração municipal e com a anterior sobre este e outros temas. Com o estado que é o mantenedor de fato responsável pela manutenção financeira, pedagógica e administrativa estamos aguardando a aprovação e o início da execução do projeto de construção de escola nova que julgamos merecer com toda a comunidade do nosso bairro. Todos sabem ou podem saber que a escola sofre alagamentos com enchurradas em virtude do seu aterro ter sido desviado para terrenos de particulares na época de sua construção e, também, pela baixa capacidade de drenagem de esgoto pluvial na avenida Thomas Edison e mesmo com a deposição de resíduos na rede pluvial da avenida e das ruas no entorno. Enfrentamos isto sempre com muita disposição, continuamos educando muitos jovens apesar de todos os descasos e pedimos apoio da comunidade sempre para resolver estas e outras questões. Por isto, contamos a com sua compreensão e de todos que toparem de forma organizada vir nos procurar para ajudar de fato esta escola. Aguardamos as visitas de vocês e estamos abertos para construir soluções.

Aliás, aproveitando convido todos a rememorar quantos se formaram em seus tempos de alunos e onde eles estão. Este padrão de escandalizar a escola nunca ajudou nem aos alunos e é demonstração de incompreensão das reais necessidades e essenciais questões da educação . Neste ano que passou, com muito esforço e trabalho, formamos mais 117 alunos no ensino médio e eu tenho muito orgulho mesmo disto, pois prova que resistimos trabalhando e educando. Quando vejo nossos ex alunos se destacando em contribuições na nossa cidade também me orgulho com meus colegas. Talvez alguns de vocês que lêem isto não saibam, mas nossa escola tem um índice muito alto de egressos no ensino superior. Muitos ex alunos são hoje educadores, trabalhadores sérios e responsáveis e cidadãos e cidadãs responsáveis nesta cidade e neste estado e isto é resultado de muito trabalho, seriedade e dedicação nesta escola. Façam a sua parte. Visitem nossa escola, acompanhem a educação de seus filhos, interfiram e  denunciem as condutas de invasão à nossa área escolar, recriminem e denunciem os que depositam lixo no entorno e nos ajudem porque nós pedimos, aceitamos e retribuímos.

Muito Obrigado e agradeço a compreensão generosa!

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