ONE MORE THING & STEVENOTES:
Estive estudando e escrevendo,
entre outras coisas, sobre as Stevenotes neste final de semana. Stevenotes é o
nome que tem sido dado aos Esboços e Notas de Steve Jobs para suas
apresentações de produtos, balanços, idéias e propostas que tem de forma pública ocorrido entre janeiro de 1984 e agosto de 2011.
Este estudo foi provocado por
minha esposa que assistiu no sábado pela manhã a cinebiografia de Steve Jobs e
veio me contar o que viu e acabou por me fazer falar em coisas que eu sabia da
vida dele, coisas que eu suspeitava e, também, sobre aspectos da inteligência cultural e discursiva dele e as capacidades especiais e
visionárias que ele possuía.
Existem diversos locais aqui na rede que oferecem listas de expressões consideradas marcantes de Steve Jobs.
Eu sempre cito que ele dizia que daria toda a riqueza e fortuna dele para poder ter a oportunidade de ficar uma tarde conversando com Sócrates. E em dias como hoje isso para mim é mais significativo ainda, pois tenho me reencontrado com Sócrates ultimamente e neste trimestre fecharei o ano lendo Platão, como nunca li antes na minha vida, formação ou estudos.
Existem diversos locais aqui na rede que oferecem listas de expressões consideradas marcantes de Steve Jobs.
Eu sempre cito que ele dizia que daria toda a riqueza e fortuna dele para poder ter a oportunidade de ficar uma tarde conversando com Sócrates. E em dias como hoje isso para mim é mais significativo ainda, pois tenho me reencontrado com Sócrates ultimamente e neste trimestre fecharei o ano lendo Platão, como nunca li antes na minha vida, formação ou estudos.
Também dei uma pesquisada no
GOOGLE e vi alguns vídeos sobre o tema das STEVENOTES. Descobri um site
brasileiro que tem links para todas as Stevenotes (http://stevenote.tv/), e verifiquei de novo que o
método de Steve Jobs de construção de suas exposições, envolvia certas técnicas
e macetes de como manter a atenção da audiência e como gerar e ampliar a
curiosidade, mesmo chegando ao final de uma apresentação. E nisto encontrei ONE
MORE THING (STEVE JOBS - ONE MORE THING 1999-2011 ) e resolvi compartilhar isto.
A lista dos produtos divulgados em ONE MORE THING por Jobs é a que segue:
0. A Retomada da rentabilidade da Apple na MacWorld Expo, San Francisco 1998 (dois anos após o retorno de Steve para a APPLE).
(fonte da lista e das primeiras descrições de STEVENOTES é a seguinte: http://en.wikipedia.org/wiki/Stevenote)
A lista dos produtos divulgados em ONE MORE THING por Jobs é a que segue:
0. A Retomada da rentabilidade da Apple na MacWorld Expo, San Francisco 1998 (dois anos após o retorno de Steve para a APPLE).
1. O iMac apresnetado em cores na MacWorld San Francisco 1999.
2. O 22 "Apple Cinema Display em Seybold 1999.
3. O AirPort estação base e cartão AirPort após o iBook foi
introduzido na MacWorld Expo New York 1999.
4. O iMac DV, iMovie e iMac DV Special Edition em um evento
especial em outubro de 1999.
5. Na MacWorld SF 2000, Aqua (interface de usuário) foi
introduzido.
6. Jobs anunciou que ele iria continuar em seu papel como CEO na
Apple, em uma base permanente, deixando o "i" (para "interino")
a partir de seu título "iCEO".
7. O Power Mac
G4 Cube , na MacWorld NY 2000.
8. O PowerBook
G4 , na MacWorld SF 2001.
9. O 17 " iMac G4 , na MacWorld NY 2002.
10. O Power Mac G5 na WWDC 2003.
11. O 12 " PowerBook G4 Aluminum na MacWorld 2003.
12 iPod Mini , na MacWorld 2004.
13. O iPod Shuffle , na MacWorld 2005.
14. A quinta geração do iPod com vídeo, anunciada em uma conferência
de imprensa intitulada "Só mais uma coisa ..."
15. O MacBook
Pro , a Macworld Expo 2006.
16. Introdução da venda de filmes pela iTunes Store em setembro
de 2006,
17. Um segundo "Só mais uma coisa" na mesma
apresentação também revelou um produto próximo apelidado iTV (renomeado para
Apple TV na Macworld 2007).
18. Um terceiro "One More Thing" foi o lead-in para
apresentar uma performance ao vivo da música "Esperando o mundo
mudar", de John Mayer no final da apresentação.
19. Introdução do Safari para Windows beta, a WWDC 2007
20. The Aluminum Unibody MacBook , em um evento notebook em
outubro de 2008.
21. A câmera de vídeo e alto-falante na quinta geração do iPod
Nano no evento de música da Apple em setembro de 2009.
22. FaceTime chamadas de vídeo para o iPhone 4 na WWDC 2010.
23. O Apple TV (2 ª geração) rodando em iOS em de setembro de
2010 Apple Music Event.
24. A revista MacBook Air em um evento para a imprensa,
intitulado "Back to the Mac" em outubro de 2010.
25. Os iTunes Combinar serviço a WWDC 2011.
Na verdade, estou escrevendo a partir disto, por interesse próprio algo
bem maior sobre estas STEVENOTES por diletantismo e prazer e, também, porque não
gostei do que li em traduzido em português e acho que pode ser mais aprofundado e reeditado também e por ai vai e porque julguei que estava sendo
apresentadas pistas insuficientes como ilustração de um método muito bom. Sim,
às vezes os filósofos ou professores de filosofia como eu gostam e olham mesmo
muito mais para o método do que para as coisas.
O estudo disto me vale sim um
ensaio razoável sobre método também, tendo em vista que continuo entrando em
sala de aula e lecionando aulas de 50 minutos por semana (um período de
filosofia e um período de sociologia. O que é um desafio muito bom na
construção das aulas e no desenho ou esboço do que se fará neste tempo.
No meio disso encontrei a pista e
a referência das STEVENOTES para o clássico dos clássicos One More Thing - só
mais uma coisinha - usado com maestria pelo detetive Columbo - Peter Falk, (veja aqui: COLUMBO ) Sim, Peter Falk é o mesmo ator que Win Wenders nos apresentou como um anjo apaixonado pela vida humana
em Asas do Desejo.
Pois a chave One MOre Thing (Só mais uma coisinha ou mais uma coisa), era usada como estratégia pelo detetive Columbo no momento em que ele ia desmontar um álibi que parece perfeito de um criminoso ou desconcertar alguém com uma espécie de pergunta surpresa ou bomba após singelas interrogações e triviais perguntas.
Pois a chave One MOre Thing (Só mais uma coisinha ou mais uma coisa), era usada como estratégia pelo detetive Columbo no momento em que ele ia desmontar um álibi que parece perfeito de um criminoso ou desconcertar alguém com uma espécie de pergunta surpresa ou bomba após singelas interrogações e triviais perguntas.
A descrição e caracterização de Columbo na WIKIPEDIA/PT nos
ajuda aqui:
“Columbo é educado e faz de tudo
para não ofender os suspeitos e, aparentemente dispersivo, dá a impressão que
não tem a mínima chance de resolver o crime. Passa ao assassino uma falsa
sensação de segurança, pois faz perguntas tolas e sem pretensões. Apesar disso,
aos poucos e metodicamente, junta os pedaços do quebra-cabeça a partir dos
mínimos detalhes e sempre consegue desmontar o álibi e desvendar o crime, para
espanto do assassino. Resolve os crimes pela lógica.”
Lembro também da outra frase dele
- do Columbo - que acompanhava isso: "Minha esposa não vai me receber em
casa ou não vai me deixar dormir se eu não perguntar ou falar disso."
A ironia e a graça aqui é que ele provavelmente nem morava com esposa nenhuma ou era separado e a esposa nunca aparecia no seriado. Esta era somente uma chave, após certas situações desconexas, impressões de delírio do investigador e em alguns episódios certos devaneios extremamente engraçados, para surpreender e pegar o interrogado, suspeito, informante ou até seu chefe de forma surpreendente.
A ironia e a graça aqui é que ele provavelmente nem morava com esposa nenhuma ou era separado e a esposa nunca aparecia no seriado. Esta era somente uma chave, após certas situações desconexas, impressões de delírio do investigador e em alguns episódios certos devaneios extremamente engraçados, para surpreender e pegar o interrogado, suspeito, informante ou até seu chefe de forma surpreendente.
Em geral - e eu me lembro disso
muito bem - a gente assistia a série esperando este momento chave...e todo
mundo devia pensar em seu interior como ele ia fazer isto e quando seria. E eis
que, então, bah lá vem ele!!! E ele fazia aquela pergunta chave ou colocava a
questão de forma decisiva como se tivesse montado por mágica todo o quebra
cabeça que iria elucidar o crime.
A gente notava que era raciocínio
puro (a lógica como foi dito acima na WIKI) e que ele simplesmente juntava as
peças, pistas, suspeitas e o desenho da investigação dele funcionava em sua
investigação como um tabuleiro móvel ou flexível. Se você quiser associar isso
a imagem de um tabuleiro de xadrez imaginário em que a as peças vãos e movendo
e se pensa no movimentos anteriores e posteriores até o xeque mate. Assim, na
imaginação e inteligência investigativa de Columbo, acontecia que as coisas iam
sendo arrumadas conforme avançava a investigação dando um termo ao quebra
cabeças. Em geral, é bom que se diga aqui, como anotação e pista o método dele
era dedutivo e dava pouco espaço para pressuposições.
Entretanto, havia uma parte muito
interessante também que apresentava os elementos irracionais ou emocionais,
parte da investigação esta que me parece que bem depois vai ser mais explorada
pelo outro discípulo de Columbo, Bobby Goren (interpretado entre 2001-2011, por
Vicent d’Onoffrio na Série Policial Law & Order: Criminal Intent). Assim,
as motivações emocionais ou pessoais para o crime são também, examinadas e de
certa forma definidas. Mas é notável também que Bobby Goren também usa quase
todos os recursos de Columbo em seus interrogatórios e que inclusive ONE MORE
THING, também.
Por fim, queria fazer outra
referência aqui sobre isto. Sou um apaixonado por Woddy Allen, ou melhor pelos
filmes do Woddy Allen e tenho também lembranças do uso deste recurso por ele.
Assim, one more thing, só uma coisinha se transforma em um elemento técnico e
cultural, de um lado, para apresentações de produtos ou idéias por Steve Jobs e,
de outro lado, em diálogos de séries policiais e no cinema. É um recurso que
permite - digamos assim - dar uma reaquecida na atenção dos expectadores e das
personagens e, ao mesmo tempo, me parece um bom recurso também para uma espécie
de anticlímax.
Nenhum comentário:
Postar um comentário