Oito motivos para você ler On the road – o manuscrito original:
1. Tudo o que está sugerido no texto editado está explícito no manuscrito. E eu estou falando aqui sobre sexo.
2. Não há nem sombra das “milhares de vírgulas supérfluas”das quais Kerouac tanto se queixava, o texto segue acelerado e sem freios.
3. O autor dá nome ao bois: nada de pseudônimos. Poetas e escritores amigos como Neal Cassidy e Allen Ginsberg aparecem com seus nomes originais – no texto editado, eles são mascarados como “Dean Moriarty” ou “Carlo Marx” respectivamente.
4. A introdução de Howard Cunnel é um dos textos mais completos sobre o contexto e a produção do manuscrito. Acho, inclusive, que essa intro já vale o livro.
5. On the road não foi escrito num rolo de 36 metros de papel por acaso. Kerouac montou esse estrutura com outro rolos e fitas adesivas, pois queria que a experiência de criar seu livro tivesse a cadência da autoestrada.
6. Não só a experiência da criação deveria ser a própria experiência da estrada, mas também a da leitura. É por isso que o texto se encaminha num bloco sem parágrafos, como uma pista interminável.
7. Não estou falando aqui apenas de censura, nomes verdades e estilo. É perceptível que várias situações importantes são trocadas por outras ao cotejar os dois textos. É aquilo que leva a gente a se perguntar “por que o autor escolheu essa, e não aquela, esquina para seguir?”.
8.“Não tive poder de lutar por meu estilo, para o bem ou para o mal”, Kerouac afirmou depois do lançamento da edição revisada. Finalmente você vai poder saber do que ele está falando. por AMANADA MORAES in: Oito motivos para você ler o manuscrito original de ON THE ROAD
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