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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 DE SETEMBRO E OS PROGRESSOS DA BARBÁRIE

Boa noite...neste 11 de setembro eu me curvei a força dos fatos, eu reconheci que esta é uma data especial por várias razões. 

Fazem 12 anos das TORRES GÊMEAS e fazem 40 anos DO ASSASSINATO DE LA MONEDA - do assassinato de Salvador Allende e de mais uma democracia na América do Sul. Não gostei nada nem do 11 de setembro no Chile, nem do 11 de setembro em Nova York, por um acaso conheci pessoas - não muitas há que se dizer - que sobreviveram aos dois eventos e que estavam perto deles, uma inclusive que esteve dentro do estádio nacional quando menino. Mas também não conheci muitos dos que faleceram nos dois eventos, mas isso não é o importante agora. 

Eu me preocupo muito quando fazem comparações, contraposições, medições e avaliações como se houvessem balanças de almas e pesos de sofrimento disponíveis para os nosso juízos. Para mim não há tal tipo de coisa. E não desconheço nenhuma vítima do Império Americano nem do que foi um dia o Império Brasileiro. Não posso me esquecer mesmo do que fizemos ou foi feito no Paraguai se é que você que é herdeiro e tributário da nossa sociedade brasileira quer tirar o corpo fora disto também. 

Mas hoje eu fiquei aqui pensando com meus botões nos progressos da barbárie, fiquei pensando na força da submissão, fiquei pensando também em culpas, pecados, faltas e covardias. Hoje eu passei o dia pensando em uma  moral que pudesse resolver a bárbara e selvagem equação que assisto no linchamento da AP 470.

Pensei muito no José Genoíno, no José Dirceu e - também na situação que coloca um Roberto Jefferson junto deles e faz com que uma canalha, com que alguns dos políticos mais mesquinhos que já vi na minha vida tenham ares triunfais ao verem o que ocorre. Pensei muito no alto custo cobrado por quem optou por fazer política de fato contra os poderosos. Pensei no quanto me dói saber que os poderosos continuam muito poderosos a tal ponto de impingirem injustiças com aparência de correções e faxinas morais. Pensei muito no papel desempenhado na história pelos algozes e suas vítimas e também nas testemunhas temerárias, sim aqueles que assistem a tudo sem posição nítida, que digamos assim seguem ainda, ou perseguem a manada para qualquer buraco ou direção que ela topar ir.  

Eu não fico brabo com o pobre coitado, nem com o ignorante, com o tolo, com o néscio, eu fico brabo com a canalha, com alta corte da bandidagem da política jogando foguete cinicamente, com aquele brilho nos olhos de causar inveja ás hienas, que fez e desfez como fez com o Luis Gushiken e agora tenta pilhar o José Genoíno. 

Isso também é um assassinato na democracia, um crime covarde que talvez um dia será comparado ao cometido com Tiradentes. E não me admire que se ufanem, que alguns orgãos da imprensa delirem e vaticinem com se  estivessem a lidar com despojos de guerra de um rival derrotado. 

Mas de uma coisa eu sei: NÃO PASSARÃO!

Este 11 de setembro parece ser o limite deste processo covarde.

Se você não gostou do que leu, discorda, não aceita ou não tem argumentos...faça-me o favor... 

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