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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A RENDA CRESCEU E ALGO MAIS PRECISA CRESCER NO RS - para Tarso Genro

ZERO HORA de hoje noticiou em sua capa que a renda gaúcha cresceu o dobro da renda no Brasil.  É mais um resultado importante na economia do estado, mas mesmo assim o Governador Tarso Genro enfrenta consciente, o desafio de vencer esta tendência do TUDO OU NADA no RS, que de eleição em eleição insiste em colocar tudo na estaca zero e voltar tudo do zero de novo....É uma política da terra arrasada, e de arrasar qualquer política correta, Não é o caso do gaúcho ser mais ou menos EXIGENTE na política, mas sim de ser mais ou menos INTRANSIGENTE e alguns tiram forte e intensa vantagem disto, investindo na oscilação do juízo, em uma espécie de temperamentalismo na política e sempre negando qualquer avanço real e objetivo. Eu andei pensando neste irracionalismo e tentando entender de onde vem isso, qual a causa cultural na formação do nosso povo e o que encontrei foram duas coisas entremeadas: um forte militarismo que envolve um sentimento do matar ou morrer e uma espécie de POSITIVISMO sem PROGRESSO, em cuja negação da política e da democracia se ceva na intolerância às frustrações e na incapacidade de entender processos e aceitar qualquer tipo de dialética, contradição e mesmo certa versão PEREMPTÓRIA à qualquer consenso que envolva um debate maior no detalhe e uma avaliação maior em elementos de um juízo. É um tipo de cultura que dá trunfos aos simplórios e aqueles que se abrigam mais em símbolos do que em fatos, mais em sinais do que num sentido, mais em palavras do que na materialidade. Parece um quebra cabeça insuperável, mas creio que deve haver uma saída deste labirinto em que a diferença e toda a diferença é sempre um bem e um mal, uma dicotomia moral indevassável. E Tarso tem razão em seu comentário sobre a tendência a ZERAR tudo e tentar começar tudo de NOVO. Um estado assim jamais vai crescer e viver alguma forma de estabilidade política e econômica contínua, porque possui um eleitor caprichoso e muito despachado liminarmente. Me lembra muito aquele BURRINHO SENSÍVEL da infância que a medida que você ia encilhando ele coma s peças de montaria corria o risco dele jogar tudo fora à menor impressão de descuido ou indelicadeza. Vamos combinar que o eleitor gaúcho é muito sensível mesmo e que com um monopólio de comunicação como a PRBS fica maior ainda a sua suscetibilidade a ideias de salvadores, heróis midiáticos e etc. E Ana Amélia - essa fruta loira da ditadura militar e do jornalismo oficialesco - é mais uma bola da vez, como muitas outras anteriores e todas as demais que ainda virão. Espero mesmo que Tarso vença, porque gostaria muito de ver este estado crescer e ver sua propalada maturidade política se manifestar em estabilidade e não com mais aventuras e invenções políticas arriscadas.

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