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domingo, 19 de abril de 2015

SOBRE A DECISÃO DO PT NÃO ACEITAR MAIS FINANCIAMENTO EMPRESARIAL

A forma como a decisão foi construída, tanto o debate na executiva, quanto no diretório e o cenário de agudização da oposição à direção nacional em virtude da fragilidade de posição em relação à Reforma Política que vem desde 2013, na substituição de Henrique Fontana e do seu projeto da comissão e no circo posterior dos acordos do Vaccarezza com PMDB, a última proposta do PMDB defendendo financiamento útil, voto distrital e depois disso tudo o não afastamento do Vaccari, após sua inclusão na lista dos suspeitos e a prisão dele esta semana colocaram a maioria da direção nacional nas cordas e isso obrigou a fortalecer este posicionamento que é bem mais radical do que eles queriam e no PT toda vez que as posições mais radicais e menos conciliadoras vingam a militância e a base política se alegram. Isso pode não significar a solução para o grave problema de disputar contra a plutocracia deste país, mas pode ajudar muito a demarcar pela base a posição do partido. O problema de aceitar isso como verdadeiro é que se for só um jogo de cena quem continua ganhando são as bancadas plutocráticas. E é bem interessante observar que são os eleitores delas que debocham do PT e que querem ver o PT sem representação política neste país. A descrença não se deve ao caráter do PT, mas sim ao fato de que alguns julgam mesmo que o PT só se elege com fartos recursos de financiadores de campanha, como se o partido não tivesse mais projeto e programa. E a decisão nacional leva na outra direção. Como alguns acham que a única coisa que está em jogo é uma cadeirinha no poder, então....

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