E FHC abandonou o golpe de fato
com texto neste domingo na Folha de São Paulo. E parece que resgatou a sua sensatez
democrática e institucional e dissipou seus negros vapores da bile, ou é
somente aquele abraço de urso? Porém eu reconheço a posição dele como
importante no atual quadro, mas também penso que muitas vezes ele é insensato
também.
Neste caso ele é ou parece prudente,
ainda que tenha de outras formas e com outras posições estimulado este quadro
de crise. Imagino até que é um recuo da parte dele, só não posso ler suas
razões atuais e conjunturais porque também esgotei minha cota na Folha de SP.
Aliás, me parece a olhos vistos que a folha está se centralizando e também
recuperando certa sensatez ultimamente com seu editorial que aponta a tremenda
impunidade na justiça brasileira em relação a corrupção do PSDB. Será só impressão minha isso?
Muito precisa esta análise do
TIJOLAÇO que é compartilhada já por muitas pessoas e amigos. Pois aponta a
vacinada do Cunha no tema do Arranjo Fiscal das Contas Federais e a recusa de
submeter Dilma a um Impeachment. O recuo
de FHC, então, me parece tático também, porém o problema real deles é que até
chegar lá na agenda de 2018, nenhum deles tem no horizonte alguma forma de
constituir um bloco político sólido e estável para governar, por condições
econômicas adversas, mas também porque todos os escândalos juntos estão
erodindo muitos outros patrimônios políticos além do PT que é agora o mais
afetado, mas que parece poder se recuperar com certos movimentos como a reação
desta semana à terceirização e a resposta do diretório nacional sobre
financiamento empresarial de campanhas.
A dialética sutil e o tempo muito
diferente das respostas me deixam intrigado nos tempos atuais o que envolve os
impactos via mídia e redes sociais também. E aquilo que o TIJOLAÇO aponta como
sensibilidade democrática e política dos brasileiros é somente uma espécie de
armação que esconde ao fundo certas forças vivas da sociedade que ainda tem seu
poder de manifestação, reação e protagonismo, apesar de não possuírem a forte
representação no congresso que desejariam ter e que poderiam ter.
Claro que a pergunta deste post é
somente uma isca retórica ao pensamento dos nossos leitores, porque o que
embasa a análise é somente informação e equilíbrio de análise das forças que se
colocam em movimento quando a agenda e o debate realmente esquenta.
Veja o TIJOLAÇO AQUI: DILMA ESTÁ QUASE VIRANDO O CABO DAS TORMENTAS
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