Se pode propagandear um crime,
então, pode fazer, mas não faz, só fará se todos fizerem.
No fundo propor intervenção militar ou a volta da ditadura é uma propaganda pela quebra do regime e contra as instituições que busca a adesão da maioria. Se pode fazer, então, devemos aceitar que atinja seu objetivo. Ora, não aceitamos isso.
No fundo propor intervenção militar ou a volta da ditadura é uma propaganda pela quebra do regime e contra as instituições que busca a adesão da maioria. Se pode fazer, então, devemos aceitar que atinja seu objetivo. Ora, não aceitamos isso.
É com um modelo de raciocínio
típico do apologista que o pedido de intervenção militar é apresentado. Só que
não é uma apresentação de um tema problemático, tipo na dúvida ou pelo sim e
pelo não, mas é uma apresentação em tom afirmativo e promotor.
Por muito menos que isso Cristo
foi para a cruz, pois ele ainda preservava o estado - contra a vontade de
Judas, recomendando na questão dos impostos “dar a Cesar o que é de Cesar”.
Tenho um colega meu que também
defende esta liberalidade, que acredita que a propaganda e o discurso em favor da ditadura não pode
ou, melhor, não deve ser coibido, mas
tudo isso – essa liberalidade - só vale e se sustenta até a hora que a coisa
aperta contra eles, ou seja, em que a petição vira ou passa a ser como querem
alguns uma exigência defendida pelas massas. E o problema é que ela está
apertando. Estamos aqui com o mesmo dilema dos alemães em relação aos
neonazistas e, também, de outros povos em relação aos movimentos racistas e
facistas. Le Pen na França e outros pelo mundo. Na Alemanha a Apologia e
proibida, na França o racismo parece ser tolerado e m nome da liberdade de
opinião, soi disant.
A maioria dos que defendem isto
me parece que estão mais preocupados com a censura e seus efeitos sobre a
liberdade de expressão do que com os efeitos da excessiva liberdade de
expressão. Porém, tem um senão ai, se este regime é contrário à liberdade de
expressão, então ela não poderia ser usada para defendê-lo
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