Algumas pessoas jamais conseguem
avistar o tamanho de um estadista simplesmente porque não estão habituadas a
refletir nesta dimensão... o nome disso é pequenez... e menoridade é que é a
qualidade parceira dos seguidores deles...
bem eu sou professor de história
e falo o tempo todo de personagens históricos, mas também de culturas e
civilizações...
mas hoje mesmo estava lendo um
livro bem legal de um filósofo e historiador (MacGee) em que numa passagem ele
falava de nossa irrelevância e de quão pouca coisa efetiva será um legado nosso
para o futuro...e eu sei bem do meu tamanho, mas preservo um desejo e uma
ambição pela busca de algum contato com alguma totalidade da humanidade e de
nossa civilização...
e esta defesa do caráter grandiosos
e histórico de estadista do Lula...coincide com um aspecto interessante da
história atual de nossa cidade..em que alguns por pequenez e outros por
menoridade tem dificuldade para discernir certas personagens da história de
nossa cidade... e desconhecendo que estas personagens tem uma expertise muito
própria e original... o que para se ter acesso é preciso ultrapassar a imagem projetada...ou
a imagem distorcida pela cegueira, miopia e ignorância...ou mesmo, no caso do
Lula, pelo preconceito e ódio cultural...
é só porque o projeto de vida
deles é pedestre, comezinho e no máximo ser bem sucedido em seus assuntos
pessoais e profissionais... um texto do Max Weber sobre política como vocação é
recomendável aqui...porque ele conclui que o verdadeiro político é aquele que
consegue dizer sempre mesmo na adversidade “apesar de tudo” e continuar...
eu percebo isto...sou amigo aqui
do Fernando Morais (no facebook) que é o único cara que fez um livro que me pôs
a chorar até hoje - OLGA, e ele mostrou uma lista de apoiadores ad candidatura
para deputado federal constituinte em SP em 1986...ele não foi eleito, mas isso
não o tornou menor para mim...e eu percebo uma coisa muito interessante nos
grandes homens e mulheres, seja no campo das ideias, seja no campo da ação - ou
das duas coisas juntas - eles reconhecem a grandeza do outro, percebem muito
rapidamente e intuitivamente quando estão lidar com outro que também possui
grandeza...eu chamo isso de reconhecimento porque é pré-condição para qualquer tipo
de colaboração...mas antes que se caia em um papo ingênuo é preciso adicionar
grano salis e dizer que deverá ser recomendado ler Maquiavel para não confundir
monstros morais com gigantes políticos...
e muitos que atingem o poder são
somente monstros morais....pois olhando a obra deles a ambição pelo poder não
era para fazer alguma coisa, mas sim para simplesmente se envaidecer, se ufanar
e pavonear e não fazer alguma coisa....há na política um grande séquito de
vaidosos, eles em geral não tem projeto só uma ambição e um grande interesse
pessoal nas benesses e satisfações que acompanham o poder...e é preciso
discerní-los bem....eu creio que o maior teste para todos eles é a chamada hora
difícil, isto é, aquele momento em que estão sós e precisam determinar o que
fazer - aquela escolha que prenuncia a tragédia ou os grandes êxitos e a sorte
ou fortuna nestes momentos não pode ser desperdiçada, pois não é dada em
abundância para ninguém...
e é uma prova difícil, pois não
pode ser determinada nem pela paixão e nem pelo ódio - é talvez o momento
máximo de sabedoria que podemos ter em que unimos as ideias à ação...e muitos
sucumbem a isso por descontrole e falta de um certo ânimo que não deve ser
enunciado porque não é receita, mas sim uma virtude adquirida frente a
desafios, dificuldades, conflitos e provações e que é o que tempera o
estadista...
sim, é a sociedade que ao mesmo
tempo devora suas lideranças virtuosas e é omissa contra os monstros
morais...aqueles que você sabe muito bem o nome e que andam ostentando poder e
excessos com um ALVO na testa aguardando quem os acerte definitivamente...
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