Sobre um filósofo que tece
argumentos e defende os militares contra a Comissão da Verdade. E é uma
decepção que tanta formação conceitual, tanta dedicação ao estudo seja posta
assim a serviço de uma irracionalidade e do atraso. Me é lamentável porque isso
coloca num patamar bem inferior toda a possibilidade de restar daí alguma
sabedoria. E anula a perspectiva de que se dê algum proveito a esta lavra do pensamento.
Sempre lembro, em minha biografia
e formação, de uma pequena divergência entre colaboração e reconhecimento em
filosofia política. Como se a diferença profunda fosse ancorada numa única
distinção sutil. E aqui isso ainda entra numa dialética quase infinita, num
jogo encadeado de negações. E como já dizia Freud, uma negação não é uma
refutação. O que só mostra aqui mais uma falta, uma não presença e não haverá metafísica
ou religião de consolo para isso. Disse em outro debate, mas também relacionado
ao mesmo fundo falso da razão, que no inferno de nada adiantará ostentar tal
medalha.
E, enfim, mais um descaminho de Hegel,
o imperdoável disruptor de ingresso na estrada da perdição...não compreendida,
mas celebrada irrefletidamente...descobrir algo assim a esta altura do campeonato só me deixa vontade de uma pequena queixa,s em debate e sem citação...
Nenhum comentário:
Postar um comentário