TARSO GENRO interpreta com muita clareza o cenário político
e ao falar de um novo ciclo na transição brasileira acerta com precisão nos
desafios que se impõe na agenda da esquerda e também da sociedade brasileira
progressista e daqueles que acreditam em um pacto político para continuar
superando e reduzindo as desigualdades sociais no Brasil. Considerando o
cenário de crise econômica externa e a reação conservadora interna é por si só
um grande desafio histórico passar por isto em recuos e sem retrocessos
institucionais e civis.Tenho total acordo com a análise dele que é baseada em
fatos e na nossa história. Muitos daqueles que dizem que o povo está cansado da
política e cansado das promessas, não tem sequer algo para oferecer ou a
capacidade de pensar neste cenário, não tiveram a responsabilidade de resistir
antes e não tem, ainda assim, sequer uma proposta nova sem medidas recessivas
ou fazendo concessões graves ao neoliberalismo e ao conservadorismo. A
democracia não pode ser vilipendiada e é algo realmente incrível que no Brasil
hoje caiba justamente a esquerda defendê-la, mesmo quando é derrotada
eleitoralmente, como é o caso de Tarso aqui no RS. Só isso deveria fazer certas
pessoas e cidadãos pensarem mais e melhor um pouco na seriedade das palavras,
dos desafios e dos propósitos que estão em jogo.
LEIA: Fim-de-ciclo-e-memoria-da-Carta-aos-Brasileiros
P.S.:
P.S.:
A questão de fundo aqui não é mais uma vez como pensa a
direita e uma parte do esquerdismo sobre o comunismo ou socialismo no Brasil,é se o
Brasil vai ser mais justo e menos desigual....se ao povo brasileiro será dado o
direito de controlar, fiscalizar e dirigir o estado de uma forma democrática e
se o regime de distribuição da riqueza produzida socialmente reduzira as
desigualdades e os privilégios e se haverá atendimento às demandas sociais justificadas
e necessárias para o desenvolvimento deste país....
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