Tenho uma opinião mais moderada e não por ingenuidade ou puro pragmatismo sobre esta primeira indicação de Katia Abreu para o Ministério da Agricultura do Governo Dilma (2015-2018), mas sim por certo realismo e também otimismo sobre equações difíceis que são vencidas por operações políticas corajosas e não recuadas.. Algumas pessoas resumem a política à projetos e pautas e, ao meu ver, se esquecem que não se faz política sem poder e sem dialogar com todos os setores da sociedade. Um governo precisa somar poder e não se dividir e isto deve ser feito mesmo com disputas internas sobre políticas, programas e recursos. Mesmo em governos que há hegemonia programática há esta disputa e em algumas situações ela silenciosa, mas tão acirrada quanto quando é visível. É melhor isto do que instalar e decretar a ruptura ideológica na sociedade, consagrando a divisão ideológica e programática existente, e dar à oposição a velha deixa de somar mais forças contra este projeto que continuará sendo generoso com o povo brasileiro também, na superação da miséria e na consolidação e ampliação de políticas sociais que reduzam a desigualdade neste país. Eu não temo Katia Abreu, temo um governo fraco que não é capaz de compor uma síntese na sociedade e com os setores representativos da sociedade. Resta ver como será para manter o equilíbrio entre os setores e preservar as políticas sociais e as conquistas destes 12 anos criando condições para a retomada do crescimento e superando os gargalos na economia e resistindo às políticas recessivas. Katia Abreu é um sinal de que haverá disputa por recursos públicos, mas não é um sinal de que se vai apostar em políticas recessivas e que deprimem as atividades econômicas. Tenho paciência e confiança para ver o resto do ministério e minhas expectativas não se rebaixam por este nome ou esta situação.
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