Boa pergunta e provocação. A
fórmula talvez ajude a vermos e a sairmos dos termos absolutos: H ( An. + Rn. +
Pn.). Nosso humano sofre graduações diferentes dos três componentes
tradicionais: ser animal, ser racional e ser político. (Sempre penso em Aristóteles
aqui.) E, já temos casos de situações em que os graus vão para escalas
negativas e quase insuportáveis. O humano é um indivíduo e uma espécie, mas o
individuo pode zerar, se esgotar e a espécie também, tanto em suas qualidades e
predicações quanto em seus acidentes. Sobre ser um animal racional dando sinais
de se encaminhar à extinção, pelo menos enquanto racional, acho difícil. Sempre
haverá pelo menos um exemplar racional na espécie que saberá passar adiante
esta ideia ou habilidade e sempre haverá pelo menos um que queira prosseguir
neste hábito de dar razões, dialogar, ter dúvidas, questionar, refletir, expressar ou
tagarelar sobre isto. Vejo que talvez o suporte mais básico disto desapareça: o
animal. Passei o dia pensando no teu ponto. Sinceramente desde que li. Me
pareceu que foi cedo. A extinção é sim algo possível. Não na mesma proporção ou
grandeza da possibilidade de o sol não nascer amanhã ou deste mundo não existir
mais daqui a instantes, seja porque a gente desapareceu ou partiu, seja porque
tudo se esgotou e sumiu do registro de algo tipo BIG UNIVERSO TRANSFINITO. Mas
não creio então, por pior que as coisas pareçam, que o ser humano racional vá
desaparecer e se extinguir e restar só o animal que um dia foi em algum sentido
racional, salvo se toda espécie desaparecer. O problema do racional é que ele
também se adapta às contingências e, então, talvez seja justamente por isto que
passe a impressão de estar se extinguindo. O silêncio pode ser só um
ocultamento temporário ou transitório do animal racional. Logo ele volta ao
ataque e tentando dar direção a algum tipo de vida melhor ou mais razoável que
esta que temos hoje. Valeu pela provocação, meu amigo Daniel Cunha....
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