Sentindo pela primeira vez em
minhas pernas o peso de longas jornadas e caminhadas e comentando o grande
esforço de uma amiga com a organização - grande Gisele Secco - de um evento no
qual foi debatido o ensino de filosofia e também as ocupações (compartilho em
seguida). No meu caso valem a jornada desde março do Fórum Social Temático, as
agendas e atividades do Comitê Municipal em Defesa da Democracia e da
Legalidade, as paralisações do CPERS e as ocupações do Alunos, as caminhadas,
as viagens, as visitas, os encontros, as reuniões e diversas atividades ligadas
à greve nas nossas escolas estaduais, assembléias, plenárias, visitas em
câmaras de vereadores e outras cidades e todas as outras ocupações de
estudantes e professores. A batelada de textos que escrevi e que auxiliaram na
luta e na reflexão sobre ela e também toda a minha vida que neste período
ganhou incrementos e outras ocupações intensas todos os dias. Também andei
fazendo um esforço por muitas coisas assim, que me levou a pensar que foi muitas vezes excessivo até para o padrão
de dedicação tradicional que já é alto, mas também creio que valeu à pena.
Nesta experiência descobri com uma certa ironia e utilizei em diversas ocasiões
como auto ironia que todos nós devemos ser concebidos com certa kilometragem
limitada e que devemos cuidar e zelar para não gastar toda ela tão rapidamente
ou desperdiçar com o que ou quem não merece mesmo. E falo aqui de caminhar o
dia inteiro por alguma coisa semelhante e sentir as pernas por dias. Mas também
dizer que vale a pena caminhar e juntar as gentes sim e que eu sei que muitas
outras caminhadas importantes virão destas pelas quais trilhei nestes intensos
meses de luta, trabalho e afazeres pessoais...
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