Meu caro amigo, não precisa
julgar a crítica como algo sempre ruim ou destrutiva. Este tipo de visão é
apenas um conformismo que expressa uma abordagem individualista e anti
intelectual apenas. Muitas vezes a crítica pode ser libertadora, isto é, pode
com seus efeitos e conseqüências libertar as pessoas de crenças ou dogmas
desnecessários e dispensáveis em nosso tempo ou para o tempo em que queremos
chegar. Não sei para quem estais dizendo isto, que a crítica é por demais destrutiva
ou excessiva, mas vejo que é um equivoco apenas contra aqueles que se colocam a
criticar aos outros e contra criticas, mas se cabe a mim e com certeza cabe,
pois eu sou crítico sim. Mas não olho para o que é criticado ou para os
criticados como vítimas de injustiças ou excessos, e ainda que não me veja como
hiper crítico ou como alguém que de jacta ao criticar, te digo com carinho: não
peça à um filósofo, ou professor, cientista, estudioso, cidadão ou homem livre
(e podemos botar todo o feminino que houver neste mundo aqui) para não criticar
ao outro. Estamos num mundo livre ainda e é esperado que neste mundo a crítica
seja livre e que quando este ou outro percebe o erro ou qualquer imperfeição
que irá trazer algum dano a todos, pois o fundamento da sabedoria, da
aprendizagem, da ciência, dos estudos e de nossa liberdade está na possibilidade
de fazer isto. Mas criticar tem por objeto apenas as crenças e ações que sejam
públicas e que mereçam juízo. Entendo que nós seres humanos não deveríamos ser
resumidos a suportes de crenças, ou que devêssemos considerar todas as crenças
como sustentação único de nosso ser, porque também temos sentimentos, vínculos
e uma vida sobre a qual constituímos crenças. E não é tão difícil é nem tão
danoso ser capaz de duvidar de si mesmo ou se auto questionar e mesmo a
reflexão mais simples sobre si, sobre nossas crenças, preferências ou vivências
pode nos ajudar a ser mais felizes e melhores em nossas relações e vida. Então
deixa estar amigo, deixa criticar, critique como fazes, pois algo de bom pode
sair daí nem que seja a mera libertação de uma crença que te aprisiona e que
não resume tua identidade, nem te expressa por inteiro e nem muito menos
expressa o melhor de você. Como me parece ser o caso agora.
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