TEMOS UMA CRISE, MAS COMO DEVEMOS
REAGIR A ISSO?
Quando São Leopoldo, após 4 anos
de desgoverno (2013-1016) e completo abandono obteve três anos seguidos de
crescimento de empregos e PIB, com retomada de obras, investimentos públicos,
desenvolvimento de ações e programas, recuperação de equipamentos e espaços
públicos, saneamento financeiro, reorganização e modernização da máquina
pública, com transparência e escuta da população e muitas melhorias na
infraestrutura urbana, a prefeitura não tinha nada a ver com isso, segundo
alguns gênios em economia. É essa uma velha limitação sistêmica de certas
análises.
Agora que aumentaram as demissões
- além da desativação da Deca e da redução das operações da Taurus já antes e
em meio a Pandemia, mais esses 1.600 desempregados em março e abril devido à
crise sanitária e suas restrições e a consequente crise econômica – que não é
privilégio do Brasil - e também a fragilidade econômica das empresas que viviam
três anos de uma pseudo e frágil recuperação econômica na esfera nacional, fantasiada
em reformas e boas satisfações ao mercado e aos especuladores, a culpa é exclusiva do prefeito e suas medidas
de proteção da saúde e da vida dos 240 mil habitantes, segundo alguns. Assim
fica fácil!
O desafio não é só descrever a
realidade ou criar explicações alternativas e transferências de culpa ou
responsabilidade, mas sim responder a essa realidade com ações e propostas. E
esse desafio não é só do prefeito, esse desfaio está posto a todos os cidadãos
e cidadãs.
A questão crucial que se coloca
me parece ser a seguinte: nós vamos assumir a responsabilidade por essa cidade
juntos e propor soluções articulando empresas, sindicatos, organizações
sociais, trabalhadores e trabalhadoras frente a Pandemia?
Ou a única questão aqui é fazer
de conta que só o Prefeito precisa ser responsável quando tem crise? Acho que é
bom acabar com esse hábito recorrente de se eximir das responsabilidades pelos
problemas e pela sociedade em que vivemos.
A Pandemia é uma calamidade que
atinge a todos, uma tragédia de extrema gravidade, mas essa é a hora daqueles
que tem estatura real e não aparente, de assumirem posições e contribuírem para
superar ela. Um passo à frente quem quer ajudar e contribuir. Muitos e muitas
já estão fazendo isso, mas faltam aqueles que ainda estão somente observando ou
testemunhando. Para não dizer atônitos, reclamando ou resmungando. E eu não
tenho dúvida que se fizermos isso juntos, nós encontraremos soluções, mesmo que
o governo federal e estadual não queiram ajudar tanto ou passem muito tempo em
diversionismo e litigância cada um com um foco exclusivo, sem encarar essa
grave realidade e limitem suas ações. Lembrando que o foco amplo de Bolsonaro na
criação de crises está escancarado já. E a estrita atenção do Leite na
Pnademia, sem nenhum suporte aos agricultores que enfrentaram a maior seca dos últimos
anos e com parcas medidas de segurança alimentar.
Temos, então, para quem é capaz
de dar um passo à frente nessa quadra da história da nossa cidade, três
desafios combinados: Manter e reforçar os cuidados de Saúde e de proteção
contra a Pandemia, viabilizar a Assistência e a proteção social e o combate a
fome na cidade e construir soluções novas de trabalho, de instalações e de
operações para recuperar a Economia da cidade e superar esse quadro com
cuidados, responsabilidade e compromisso coletivo.
E eu tenho certeza que a nossa
cidade tem estofo social, cultural, político e econômico para fazer frente a
esse desafio. A esperança se constrói na ação.
Obs.: Abaixo a Capa do Jornal VS
da última sexta feira, 29/05/2020.
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