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domingo, 31 de maio de 2020

TEMOS UMA CRISE, MAS COMO DEVEMOS REAGIR A ISSO?


TEMOS UMA CRISE, MAS COMO DEVEMOS REAGIR A ISSO?

Quando São Leopoldo, após 4 anos de desgoverno (2013-1016) e completo abandono obteve três anos seguidos de crescimento de empregos e PIB, com retomada de obras, investimentos públicos, desenvolvimento de ações e programas, recuperação de equipamentos e espaços públicos, saneamento financeiro, reorganização e modernização da máquina pública, com transparência e escuta da população e muitas melhorias na infraestrutura urbana, a prefeitura não tinha nada a ver com isso, segundo alguns gênios em economia. É essa uma velha limitação sistêmica de certas análises.

Agora que aumentaram as demissões - além da desativação da Deca e da redução das operações da Taurus já antes e em meio a Pandemia, mais esses 1.600 desempregados em março e abril devido à crise sanitária e suas restrições e a consequente crise econômica – que não é privilégio do Brasil - e também a fragilidade econômica das empresas que viviam três anos de uma pseudo e frágil recuperação econômica na esfera nacional, fantasiada em reformas e boas satisfações ao mercado e aos especuladores,  a culpa é exclusiva do prefeito e suas medidas de proteção da saúde e da vida dos 240 mil habitantes, segundo alguns. Assim fica fácil!

O desafio não é só descrever a realidade ou criar explicações alternativas e transferências de culpa ou responsabilidade, mas sim responder a essa realidade com ações e propostas. E esse desafio não é só do prefeito, esse desfaio está posto a todos os cidadãos e cidadãs.  

A questão crucial que se coloca me parece ser a seguinte: nós vamos assumir a responsabilidade por essa cidade juntos e propor soluções articulando empresas, sindicatos, organizações sociais, trabalhadores e trabalhadoras frente a Pandemia?

Ou a única questão aqui é fazer de conta que só o Prefeito precisa ser responsável quando tem crise? Acho que é bom acabar com esse hábito recorrente de se eximir das responsabilidades pelos problemas e pela sociedade em que vivemos.

A Pandemia é uma calamidade que atinge a todos, uma tragédia de extrema gravidade, mas essa é a hora daqueles que tem estatura real e não aparente, de assumirem posições e contribuírem para superar ela. Um passo à frente quem quer ajudar e contribuir. Muitos e muitas já estão fazendo isso, mas faltam aqueles que ainda estão somente observando ou testemunhando. Para não dizer atônitos, reclamando ou resmungando. E eu não tenho dúvida que se fizermos isso juntos, nós encontraremos soluções, mesmo que o governo federal e estadual não queiram ajudar tanto ou passem muito tempo em diversionismo e litigância cada um com um foco exclusivo, sem encarar essa grave realidade e limitem suas ações. Lembrando que o foco amplo de Bolsonaro na criação de crises está escancarado já. E a estrita atenção do Leite na Pnademia, sem nenhum suporte aos agricultores que enfrentaram a maior seca dos últimos anos e com parcas medidas de segurança alimentar.  

Temos, então, para quem é capaz de dar um passo à frente nessa quadra da história da nossa cidade, três desafios combinados: Manter e reforçar os cuidados de Saúde e de proteção contra a Pandemia, viabilizar a Assistência e a proteção social e o combate a fome na cidade e construir soluções novas de trabalho, de instalações e de operações para recuperar a Economia da cidade e superar esse quadro com cuidados, responsabilidade e compromisso coletivo.

E eu tenho certeza que a nossa cidade tem estofo social, cultural, político e econômico para fazer frente a esse desafio. A esperança se constrói na ação.

Obs.: Abaixo a Capa do Jornal VS da última sexta feira, 29/05/2020.



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