SOBRE NIETZSCHE E PARA NIETZSCHE
OU PARA TODA A HUMANIDADE
Quando te entendo em alguns dos
teus pensamentos e textos, mesmo naqueles em que pareces estar dominado por uma
lógica da ambiguidade, ambivalência e contradição, me sinto compreendendo a
humanidade inteira.
Em alguns dos seus dilemas e
problemas, sinto como se eles fossem meus e de toda a humanidade.
Também percebo nesses problemas e
dilemas, sob essa lógica, que a comédia e a tragédia que é cotidianamente
encenada no grande palco deste mundo, nesse grande vale de lágrimas que é o
mundo, tanto os diversos papéis e intenções de todos, quanto as ilusões dos
homens, dos seus filhos e das mulheres, uma fonte grandiosa de incompreensão.
Vejo que de todos os conflitos
gerados na diferença e nas tentativas de impor uma norma ou direção para um
curso de ação, para resolver essa incompreensão, encontramos uma contradição
que é aparentemente insolúvel, mas que cuja solução não escapa ao confronto ou
reação. A tendência é uma reação violenta ou a mera indiferença.
Vejo muitas vezes também que ali
aonde parece haver só vontade, talvez tenhamos apenas um desejo e talvez sonho
nem muito refletido e nem muito raciocinado.
Ali, parece haver apenas um
ligeiro impulso que repetidamente precipita a existência em certa direção e
confronto com um absurdo que muitas vezes o agente não percebe e que muitas
vezes quem percebe fica horrorizado. E esse horror pode gerar apenas um lamento,
mas também pode gerar uma reação violenta.
E assistimos isso, testemunhamos
isso em nós e em todos os outros.
Imagem: o Nietzsche da sala 12 da
escola.
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