Powered By Blogger

sábado, 16 de maio de 2020

A CILADA MACABRA E O CÁLCULO MORTAL DO COVID-19 NO BRASIL


A CILADA MACABRA E O CÁLCULO MORTAL DO COVID-19 NO BRASIL

Se você já se sente advertido ou bem Informado, com medo ou amedrontado ou amedrontada, não leia o que vem a seguir.

Primeiro os dados do Brasil e do Rio Grande do Sul:

Hoje é o 60º Dia de óbitos de Covid19 no Brasil. Dia 15/05/20

Brasil:
14.817 + 824 óbitos,
218.223 + 15.305 casos;

RS
3.707 casos,
132 óbitos,
224 cidades.

As tendências são claramente de crescimento tanto no Brasil, quanto no RS.

São Leopoldo tem hoje 158 casos e 1 óbito, ampla testagem com 1258 testes, busca ativa e rastreamento de casos, mas não está isolada do contexto regional, gaúcho e nacional.

O nosso problema, assim, vai continuar aumentando de tamanho. Vejamos.

Em dois meses do Primeiro óbito no Brasil, em 17 de março, saltamos em 60 dias para 14.817 óbitos.

Nos primeiros trinta dias, com o Ministro Henrique Mandetta, foram 2.141 óbitos.

Depois da posse de Teich até sua renúncia hoje, em 17 de abril, foram a óbito mais 12.676 brasileiros e brasileiras.

Ou seja, Teich foi ministro em 85,55% dos óbitos. Os óbitos cresceram 6 vezes em um mês.

Digamos, por hipótese, que os óbitos cresçam só duas vezes nos próximos 30 dias, já serão 30 mil óbitos em 15 de junho.

Se os óbitos crescerem três vezes, somente a metade dessas seis vezes, serão 45 mil óbitos. Se crescer quatro vezes, serão 60 mil óbitos. Se forem cinco vezes, teremos 75 mil óbitos. Se o crescimento repetir as seis vezes, teremos 90 mil óbitos. Nenhuma dessas hipóteses é agradável para nós. Porque não se tratam de números, mas sim de vidas e de existências humanas.

Sabem o que é o pior nesse cálculo macabro, que é produto não de uma matemática perversa, mas sim da conduta negligente das pessoas que tem nos levado para essa cilada, é que é elevada a probabilidade de crescimento acima de seis vezes no próximo período de um mês a 45 dias.

Veja que, em qualquer caso, o crescimento dos óbitos vai continuar basicamente porque essa conta é sim, um resultado desse surto de não isolamento combinado com a chegada da Covid19 nas periferias e a sua interiorização em cidades sem estrutura de saúde e também o agravamento da ocupação dos hospitais nos grandes centros.

Mesmo assim, se não houvesse a manutenção do isolamento por parte de prefeitos e governadores, podem ter certeza que o número de óbitos teria sido muito maior.

O nosso problema, que diz respeito às nossas vidas, é que o número de óbitos vai continuar crescendo. É preciso considerar também para piorar a nossa perspectiva e talvez arregalar os olhos de alguns ou acordar outros,
que o número de casos atuais, 218 mil, mesmo que nós multiplicassemos isso pela estimativa rasa de subnotificações, em dez vezes, dariam 2,18 milhões de Brasileiros contagiados, sendo boa parte desses assimtomáticos e transmitindo a doença para cada três outros cidadãos em 15 dias. Isso é uma estimativa que nos leva a multiplicação de dois milhões que chega a quase sete milhões.

Ora, isso mostra que o contágio teria que crescer até vinte vezes mais para atingir 60% da população ou essa quimera de imunidade de rebanho para a qual o presidente está preconizando o fim do isolamento. Sabem em quantos óbitos e mortes de brasileiros e brasileiras isso importaria? Entre 1,4 milhão e 2,8 milhão de brasileiros. Podem ter certeza de uma coisa, quando os óbitos ao dia chegarem a dois mil no início de junho - a média hoje, nessa semana, que iniciou no domingo e fecha amanhã é de 700 a 750 óbitos ao dia, nós todos viveremos em praticamente todos os estados o esgotamento dos hospitais e da capacidade de atendimento do sistema de saúde. E, portanto, começaremos a viver a Calamidade Pública generalizada.

Alguém acredita em sã consciência que uma barbaridade dessas não vá atingir a si mesmo, um familiar seu, um colega seu ou um amigo seu?

Como foi possível duramente compreender aqui. Nós precisamos sim reforçar o isolamento. Nós precisamos evitar contatos e aglomerações sociais. Nós precisamos usar máscaras. Nós precisamos manter a higienização e profilaxia de nossas mãos, rostos, narinas. Nós precisamos sim lavar nossas roupas e separar nossos sapatos. Nós precisamos nos cuidar. E, principalmente, nós precisamos tapar os nossos ouvidos e parar de ouvir as besteiras que são ditas por aqueles que ainda não estão entendendo o que está acontecendo, seja porque não acreditam, seja porque não querem acreditar, seja porque não conseguem raciocinar direito nessa situação.

P..S.: a imagem abaixo é uma pequena projeção da evolução dos óbitos no Brasil nessas últimas 8 semanas. É usada a média de óbitos dia da semana de domingo a sábado.

Os dados médios são:

1ª SEMANA – 17/03 – 21/03 2,57;
2ª SEMANA – 22/03 – 28/03 13,71;
3ª SEMANA – 29/03 – 04/04 47,28;
4ª SEMANA – 05/04 – 11/04 99,28;
5ª SEMANA – 12/04 – 18/04 172,42;
6ª SEMANA – 19/04 – 25/04 238,42;
7ª SEMANA – 26/04 – 02/05 390,57;
8ª SEMANA – 03/05 – 09/05 553,85;
9ª SEMANA – 10/05 – 15/05 - 698,33 óbitos ao dia. Faltando nessa nona semana os dados desse sábado que provavelmente vão levar a média para cima.



Nenhum comentário:

Postar um comentário