RECUPERAR O ESTADO DE ALERTA NO
BRASIL: A PANDEMIA DE COVID-19 EM 18 DE MAIO DE 2020
Nesse final de semana e na semana
passada, assistimos aqui no Rio Grande do Sul, um movimento de relaxamento e de
aumento da negligência em relação às medidas de isolamento, distanciamento
social e evitar as aglomerações parece ter se tornado um pesadelo para todos
que assistiram o que ocorreu.
Apesar desse relaxamento, os
óbitos aumentaram, os casos aumentaram e a Pandemia tem se interiorizado cada
vez mais em nosso estado. Hospitais comec atingir miveis elevados de internação
de pacientes em leitos de covid-19, o que reduz leitos para outras doenças
sazonais do nosso inverno e de outras situações de agravos e acidentes.
Mas esse problema não tem se dado
só aqui no RS. Diversos outros estados e capitais, cidades e regiões estão
vivendo o mesmo processo. Esse processo é um problema e um desafio tanto para
os gestores públicos e suas estruturas de fiscalização, quanto para todos os
cidadãos e cidadãs que não estão negligenciando as informações disponíveis e o
crescimento dos dados galopantes de contágio e de agravamento da mortalidade no
nosso país.
Na verdade, me parece que essa é
uma onda que começou a ganhar forma com a demissão do Ministro da Saúde, Luis
Henrique Mandetta lá por volta do dia 17 de abril. Com a demissão do Mandetta e
a posse do Teich reduziu muito o estado de atenção da população. A percepção da
gravidade da Pandemia caiu a níveis tão baixos que o que vivemos hoje é sim um
reflexo disdo. Como isso aconteceu? As pessoas cansaram ou se imunizaram? Não.
Em parte porque as coletivas
diárias do Ministério da Saúde, passando Informações e dando o quadro e seus
desafios e sustentando o isolamento foram suspensas por diversas vezes e foram
rebaixadas quando ocorreram a um detalhe num painel de exibição de outros
ministros como Onix, Guedes, Damares. Assim, o que parecia no início uma
Estratégia de colocar no centro do governo o debate sobre o Combate a Pandemia,
foi esvaziado do seu conteúdo ligado às políticas de saúde.
De outro lado, porque o Mandetta,
com efeito, tinha uma excelente performance comunicativa e conseguia manter a
atenção da população com informações suas e de sua equipe muito precisas e
claras, mesmo com diversas incertezas permeando as ações do Ministério.
Depois dele, os óbitos no Brasil
subiram de 2 141 para 15.000 óbitos na gestão apagada e quase invisível do
Teich. Além disso, Bolsonaro ficou mais agressivo ainda contra as medidas dos
Governadores e Prefeitos ao tirar Mandetta do caminho.
Assim, ocorreu também, na
sociedade, uma mais extrema politização paralela e intencional do processo de
enfrentamento da Pandemia nos temas do isolamento e seus impactos econômicos e
da cloroquina como panacéia geral. A população quase de um modo inconsciente
deve pensar mais ou menos assim: se o ministro caiu e se o presidente não tá
dando bola para a doença, eu não vou dar também.
Mas isso é um erro e um desvio do
combate efetivo a Pandemia e devemos sim recuperar o Estado de Atenção da
População e aumentar a percepção da população perante o que está ocorrendo para
prevenir e proteger a saúde e às vidas dos brasileiros e brasileiras. Ao mesmo
tempo, será preciso reforçar a sensibilidade da população perante o sofrimento
dos profissionais de saúde e o sacrifício que já está sendo feito pelos
trabalhadores dos serviços essenciais.
O isolamento não é uma medida que
pude ser relaxada, o distanciamento é muito necessário e o uso de máscaras e a
manutenção do estado de alerta pode salvar muitas vidas ainda.
Nessa semana vão evoluir os
óbitos para uma média de mil óbitos por dia. Ora, isso significa que na próxima
segunda feira já teremos mais de vinte mil óbitos. Se os cuidados forem
abandonados a evolução dessa média pode ser muito agravada nas próximas três
semanas.
#FicaAlerta
#FiqueEmCasa
#UseMáscara
#RespeiteAVida
Na imagem abaixo, o card do Nível
de Alerta do Governo da Nova Zelândia.
O slogan da campanha deles é:
UNIDOS CONTRA A COVID-19
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