Powered By Blogger

domingo, 31 de maio de 2020

#FORABOLSONARO, #SOMOS70PORCENTO & #JUNTOS


#FORABOLSONARO, #SOMOS70PORCENTO & #JUNTOS

Todo movimento contra o genocida deve ser muito bem vindo no Brasil de hoje. Todo esforço é válido e legitimo e pode se expressar ao seu próprio modo. É essa diversidade de movimentos uma expressão de tomada de consciência da sociedade se disseminando. Isso é muito importante porque vai contribuir de forma combinada para o fim desse pesadelo.

Somos 70% expressa bem a situação já nas eleições em que esses 70% votaram em Haddad, em Branco, Nulo ou não compareceram às eleições e isso sem levar em consideração aqueles que não puderam votar porque eram menores de 16 anos e alguns outros incapazes. Nessa altura da jornada é preciso sustar a conflitividade e o remorso entre as partes. Eu mesmo tenho lado e uma caderneta carregada de continhas e responsabilidades a cobrar. Mas vamos perder a chance de se livrar dessa aberração por causa disso, de um passado e de ações cujo reparo vai ficar mesmo para a história contar?

Já o movimento #Juntos expressa claramente no seu manifesto as razões mais sensatas e comuns possíveis para enfrentar Bolsonaro. Subscrevo ambos movimentos sem nenhuma dificuldade. Já estava no #ForaBolsonaro mesmo, então isso só soma. Se observarmos os detalhes de outras movimentações, só falta mesmo uma resposta efetiva das instituições e que se saia da retórica para a ação. Isso pode acontecer sim.

Mas esses dois movimentos são mais importantes ainda para acelerar esse processo e dar legitimidade junto à opinião pública de tal modo que esses 30% que ainda o sustentam, que ainda defendem Bolsonaro, vão acabar por se reduzir a menos de 10% que é essa base barulhenta e chantagista que é efetivamente autoritária ou escorada nos restos da Ditadura Militar e na ignorância histórica de alguns mais jovens.

A saída de Moro do governo - sem querer aqui dar nenhuma benção a ele e a sua natureza casuística, marca a ruptura de um bloco. Já a saída de Mandetta marca o descolamento do DEM dessa barbárie. Isso já desidrata e muito esse presidente que já estava em franco isolamento.

Quando Celso Lafer foi entrevistado no Roda Viva ele pontou a chave de virada – recomendo que vejam a ótima e tranquila entrevista dele. Lá ele citou uma expressão lapidar de Hannah Arendt: "O poder resulta de uma ação conjunta." E, nesse sentido, tanto Juntos quanto 70% são ações conjuntas que expressam uma unidade.

O único setor hoje que parece sustentar Bolsonaro ainda é o dos militares, mas mesmo para esses o dilema de honra, moralidade e prestígio está posto como também apontou com finesse Celso Lafer. E vou descontar aqui os neoliberais oportunistas que ainda olham para Paulo Guedes como grandes coisa. O neoliberalismo é absolutamente incompatível com o enfrentamento consistente da Pandemia e a sua superação na economia. O autoritarismo é absolutamente incompatível com a sobrevivência das instituições de justiça e democráticas, bem como, com a liberdade de imprensa, de opinião e de expressão cultural, investigação científica e mesmo reflexão filosófica livre e desimpedida.  

Então, para mim fica claro que o processo evoluiu ao ponto de unificar no que já chamei de aliança branca lá atrás em outra postagem e comentários aqui e ali. Veja que talvez o mais correto fosse uma aliança colorida por causa das diversas bandeiras, mas isso é um detalhe desimportante e irrelevante e essa unidade que consegue tratar do momento atual, mesmo com eventuais disputas eleitorais posteriores entre todos ou quase todos divididos em pelo menos três blocos, pode sim ter eficácia.

Primeiro: resolver Bolsonaro e reconstituir a democracia e fortalecer as instituições. Porque sem isso não há como enfrentar a Pandemia efetivamente e nem como superar as diversas crises que ela trouxe com aquelas outras que Bolsonaro cria por pura insensatez e também insanidade. Após isso haveremos de dar conta da questão de uma nova concepção de estado mais fortalecida que a sociedade brasileira vai precisar ter para superar esse quadro de calamidade.

Esse esforço de conversar, dialogar, criar consenso e promover acordos pode nos ajudar muito. Os óbitos e casos crescem, as subnotificações são muito aterrorizantes, o sistema de saúde está muito próximo, no limite, do seu colapso. Precisamos virar essa página com urgência. Nesse sentido a plataforma de juntos é uma esperança.

Depois disso podem discutir quem tirou o corpo estendido do chão. Tenho convicção que Bolsonaro já caiu e disse que falta apenas retirar o corpo fétido do meio da sociedade brasileira para sanear a presidência e o governo federal.

Expressei isso já na minha única live na semana passada e me chama muita atenção a afinidade das ideias que guiam todos esses movimentos na mesma direção com algumas análises de base bem diversas, mas com unidade de objetivo a curto prazo e com senso de urgência. Já disse em diversas ocasiões que pouco importa como cada um expressa sua posição, o que nos interessa é que elas tenham a mesma direção – ou o mesmo target – e que todos esses movimentos seguem na mesma direção e, de certa forma, com o mesmo sentido. Há, portanto, uma unidade de propósito.

Todos estão, enfim, pelo #ForaBolsonaro

Abraço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário