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sexta-feira, 22 de maio de 2015

OBRIGADO MÃE! FELIZ ANIVERSÁRIO!

Hoje (21 de maio) tive um longo dia na escola de aulas e avaliações até passar a tarde reunido com minha área fechando menções de mais 19 turmas e aproximadamente 600 alunos, nas disciplinas de história, filosofia, sociologia e geografia com meus colegas. Mas a coisa mais importante foi ter almoçado e conversado com minha mãe, Dona Verônica Adams Boeira, que completa 81 anos de idade e anda se recuperando de um beliscão da miudinha como dizia meu irmão. Neste almoço discutimos um pouco sobre a saúde, o SUS, maioridade penal, educação, jovens e os nossos tempos atuais. No final, como sempre, acabamos no dilema governo, elite e povo - ou melhor dizer trilema - eu defendendo que o problema não são só os governos e ela falando dos altos impostos. Ela pode falar disso e com razão, este é o detalhe da prosa, pois durante toda a vida pagou regiamente todos os impostos que lhe cabiam. E eu fico pensando na vida dela e na minha. Pensando na luta, no trabalho de uma vida inteira pela sobrevivência. Na segunda guerra mundial que ela viveu como criança e menina. Na mudança para o Brasil, em seus dois casamentos e quatro filhos que ela trouxe ao mundo, em mim e em minha irmã, que ainda estamos sobre a terra juntos dela, e nela ter vivido os 25 famigerados anos de ditadura militar aqui, mais estes últimos 25 anos de redemocratização. Nela ter visto Getúlio morrer, Juscelino sorrir, Brizola gritar e Jango sair varrido pela canalha deste país. E devo admitir sim que, por mais que eu ataque a elite brasileira pelas mazelas do pais - os donos do poder como diria o Faoro - o estado e os governos devem sim fazer muito mais pelo povo brasileiro, pelos cidadãos e cidadãs deste país. Devem sim perder a cara de pau e tomar mais vergonha na cara e de fato cumprir seus mandatos corrigindo seus próprios abusos e não perpetuando eles como fazem da forma mais deslavada possível. Feliz aniversário, então, dona Verônica que teu espírito e tirocínio continuem me encorajando a tentar mudar este país. É difícil sim, as vezes perdemos parte das esperanças, mas recuperamos parte dela cada vez que vemos a coragem de um cidadão e de uma cidadã na nossa frente encarando o guarda, a autoridade, o poderoso ou o doutor e dizendo: Pare de nos enganar, pare de nos explorar, nós não somos os mesmos trouxas sobre os quais vocês montaram na garupa para estarem onde estão! Abaixo uma foto da vovó e de sua netinha que também vai ter esta virtú!


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