Tarso pega um ponto crucial da
nossa sociedade atual. Há uma cultura da violência, com diversas facetas e um
estímulo a aventuras e desmedidas. Vou tocar aqui rapidamente em outro aspecto
disto. No uso da velocidade e na glamourização das proezas automobilísticas e
de motovelocidade. Eu assisto Velozes e Furiosos com certo prazer, mas devemos
reconhecer e nos auto-censurar um pouco sobre isto e pensar se não estamos
glamourizando, de forma patética e estúpida, a velocidade e aumentando os
acidentes de trânsito. Tem toda uma geração que fica tunando carros,
envenenando e exibindo carros e motos, tira carteiras de motoristas aos 18 anos
e adora velocidade e proezas. Na minha geração também tinha isso, e nela também
perdemos muitos por acidentes, mas hoje devido ao incremento da renda e da
autonomia dos jovens isso ocorre muito mais. Penso aqui nos meus ex-alunos, nos
filhos de amigos e colegas e em muitos que já se foram em virtude desta
glamourização. Menos meus amigos e amigas, vamos valorizar mais a vida que é tão
maravilhosa com muito menos do que isso. Viver já é uma grande aventura
extraordinária e na adolescência que é a idade mais magnífica em oportunidades
e desafios para nossas escolhas devemos preservar e muito todos os nosso
jovens. A vida loka e o correrio não nos faz bem. Bem menos...nessa vibe
gurizada...
Veja o Texto de Tarso Genro: A cultura que mata. Em SUL21.
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