Tudo bem. Vou digredir aqui um
pouco. Para mim o título é ótimo, e digo: que é bom que consideraram o título
adequado. O meu pai era um eletricista que dizia isso em alguns momentos da
vida e do trabalho para seus aprendizes ou colegas e mesmo para amigos e para
seu filho. Meu pai tinha mania de dizer três coisas diferentes em uma frase e
sempre me pareceu que ele fazia exercícios subjetivos de reflexão e de
formulação antes de falar ou responder sobre certas coisas para mim. Ele queria
dizer que as pessoas não precisam ser boca abertas em tudo que lhes aparece
pela frente que dá - para variar - e tentar ser mais experto ou inteligente em
algumas coisas, apesar das dificuldades de pensar e entender as coisas. Ele era
um prático e técnico e tinha por hábito evitar acidentes e erros pois em
eletricidade estas coisas são bem perigosas e prestar atenção, pensar mais e
melhor é uma necessidade. Outra versão do bocó é o bocoíó, que deve ser e assim
me parece um bocó duplo. Mas o "não precisar" ai traz também esta
categoria modal da necessidade e uma lição sobre isto também. Apesar da
possibilidade de ser bocó, não há nenhuma necessidade que as obrigue a ser
assim, ou seja, poderia ser diferente e as pessoas são livres para pensar
diferente e isto lhes será, inclusive, muito vantajoso em seus afazeres e vida.
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