"Naquele momento ele viu, em
um fulgor de luz, uma imagem de veracidade indescritível, a razão pela qual o
artista trabalha e vive e tem o seu lugar — a recompensa que procura — a única
recompensa com que realmente se importa, sem a qual não há nada. É para engodar
os espíritos da humanidade em redes de magia, para fazer sua vida prevalecer
através de sua criação, para desafogar a visão da sua vida, a rude e dolorosa
substância de sua própria experiência, na congruência de imagens ardentes e
encantadas que são elas mesmas o âmago da vida, o padrão essencial de onde
todas as outras coisas provém, o miolo da eternidade."
Excerto de Thomas Wolfe, Of time and the River.
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