A boa pergunta da Denise num
conjunto reflexivo é precisa:
“quanto tempo leva para uma coisa
deixar de ser "presente" ou "agora há pouco" ou "pouco
tempo atrás" e passar a ser "história"?
e essa mesma coisa que virou
"história" é ela mesma, enquanto "história", que julgará a
si mesma e também o que vem ou veio depois? [dilma dizendo "a história me
julgará", temer dizendo "serei reconhecido pela história", ou
fidel, "a história me absolverá"]
os sujeitos e processos do
presente então se tornam, depois que viraram "história", os crivos de
julgamento dos sujeitos e processos que ainda não viraram história?
está mais me parecendo aquelas
fábulas familiares: o bisavô (o qual, claro, já julgou a si mesmo) que julga o
avô que julga o pai que julga o filho cuja única esperança de sair desse sufoco
é pensar que algum dia, depois de julgar a si mesmo, e decerto sempre muito
favoravelmente, então julgará seu filho, seu neto e seu bisneto...”
Este julgamento é um lançamento.
Uma aposta com esperança de vencer. É arriscado, desmedido e também falível,
mas é feito também na lógica da tomada de posição em que é posto um juízo para
tentar determinar a forma do mundo e FORMA dos juízos de meus semelhantes. Esta
conexão com a história é política. Se corre atrás do poder de determinar a
história, fazer ela e fazer o seu julgamento...em seu próprio nome, em nome de
seu povo ou da humanidade...
Ou em nome de meu título é minha
racionalidade, justificação, retórica e demonstração.
E fazer lançamentos sobre o
futuro faz parte disto também...porque a esperança é revolucionária..
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