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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O QUE É O TEMPO E COMO SE ENTRA NA HISTÓRIA?

A boa pergunta da Denise num conjunto reflexivo é precisa:

“quanto tempo leva para uma coisa deixar de ser "presente" ou "agora há pouco" ou "pouco tempo atrás" e passar a ser "história"?
e essa mesma coisa que virou "história" é ela mesma, enquanto "história", que julgará a si mesma e também o que vem ou veio depois? [dilma dizendo "a história me julgará", temer dizendo "serei reconhecido pela história", ou fidel, "a história me absolverá"]
os sujeitos e processos do presente então se tornam, depois que viraram "história", os crivos de julgamento dos sujeitos e processos que ainda não viraram história?
está mais me parecendo aquelas fábulas familiares: o bisavô (o qual, claro, já julgou a si mesmo) que julga o avô que julga o pai que julga o filho cuja única esperança de sair desse sufoco é pensar que algum dia, depois de julgar a si mesmo, e decerto sempre muito favoravelmente, então julgará seu filho, seu neto e seu bisneto...”

Este julgamento é um lançamento. Uma aposta com esperança de vencer. É arriscado, desmedido e também falível, mas é feito também na lógica da tomada de posição em que é posto um juízo para tentar determinar a forma do mundo e FORMA dos juízos de meus semelhantes. Esta conexão com a história é política. Se corre atrás do poder de determinar a história, fazer ela e fazer o seu julgamento...em seu próprio nome, em nome de seu povo ou da humanidade...

Ou em nome de meu título é minha racionalidade, justificação, retórica e demonstração.

E fazer lançamentos sobre o futuro faz parte disto também...porque a esperança é revolucionária..

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