Enquanto alguns estão muito
preocupados em censurar aos outros, em julgar ou presumir as intenções dos
outros e em ficar falando o tempo todo de direitos, democracia e liberdade de opinião
ou juízo, mas, ao mesmo tempo, não deixam de ofender, debochar e gozar quem
pensa mesmo sobre isso de forma diferente, com maior ou menor sutileza, fazer
pirraça ou zoação de algo que é muito sério para a nossa vida real que é o
destino da democracia, da liberdade e dos direitos civis brasileiros, eu do meu
lado ando bem ocupado aconselhando meus alunos a terem muito juízo e não
abandonarem os estudos e levarem a sério o seu futuro, dizendo que tudo passa e
que o estudo sério, ainda que com muitos sacrifícios, cansaço e dificuldade é o
único caminho possível para melhorar de vida ou condição. Como, aliás, foi para
mim, para minha esposa, vai ser para as minhas filhas e meus alunos e alunas.
Não existem as soluções mágicas, nem os salvadores da pátria, muito menos as
opções que os vendedores de ilusões pregam por aí. O nosso país só vai mudar se
formos mais sérios, mais solidários e melhores. O espetáculo que eu vi ontem
nas manifestações é vergonhoso e eu espero que algumas pessoas se dediquem
seriamente a analisar porque sem fazer de conta que aquilo não demonstra uma
péssima condição moral, política e histórica na cabeça de uma parte das pessoas
que realmente ainda não entendeu o Brasil e muito menos levam a sério a vida
real. Que a vida no Brasil real não é mesmo aquela coleção de bobagens que
alguns playboys, madames e pessoas de boa condição material trouxeram às ruas.
Os Cunhas deveriam mesmo ficar no passado e nós deveríamos nos dedicar bem mais
a cuidar de quem precisa e não dar mesmo mais atenção a está turma de barriga
cheia, Moet Chandom e muita vida boa. Meus alunos e alunas merecem minha
atenção e razoável proteção das ilusões desta gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário