Hoje é dia de aniversário de uma grande amigo e camarada meu o Luciano Marques que conheço desde muito tempo.
Desde antes da sua andança política nos anos 80. Conheço ele por proximidade na velha e amada Rua Brasil, ainda nos anos 70 como membro de uma troupe de jovens modernos e como namorado da Marga Lúdke. Ainda nos anos 80 como geólogo recém formado éramos amigos e falavamso sober a possibilidade dele fazer política que o atraia muito na época. E eu aprovava isso nele, essa iniciativa. Depois a trajetória dele de fundador da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em São Leopoldo, Presidente da Fepam no Governo Collares, Diretor da Usina de Candiota no Governo Olívio e, por fim, Dirigente na Secretaria de Meio Ambiente junto com meu grande amigo e camarada Darci Zanini na primeira gestão Vanazzi.
Luciano fez parte de um grupo de pedetistas que em 2002 se desfiliaram do PDT e vieram para o PT. Lembro isso como se fosse hoje. Pois bem, com ele, Milton Zuanazzi, Sereno Chaise e outros,.vieram Dilma Rousseff hoje a nossa presidenta.
Que meus amigos e camaradas pedetistas e petistas entendam isto com tranquilidade, pois a história é feita de atos de coragem e também de atos arriscados. E a única conta que não será cobrada é sobre aqueles que nunca fizeram nada.
Pois como homenagem ao meu amigo aqui dou um testemunho pessoal que me honra muito. Quando em 2004 - ainda em março/abril eu estava às voltas com a possibilidade de ser pré-candidato a vereador, em virtude de minha militância na educação, minha militância cultural, ambiental e toda a minha trajetória estudantil e identidade com o Partido dos Trabalhadores, mas hoje confesso que foi muito mais por um sonho e uma ambição pessoal que tive alguns conflitos políticos inerentes a disputa de espaço e de lugar. Mas não guardo nenhuma gota de rancor ou mágoa sobre aqueles episódios e acontecimentos.
Não havia, como nunca há, espaço vazio na política.
Pois bem o Luciano, entre vários outros grandes amigos, amigas e militantes, me aconselhava sobre muitas coisas e discutíamos várias questões sobre papel do mandato, temas e questões programáticas e a conduta do candidato - foi uma grande experiência aquela, mesmo não tendo sido candidato, porque aprendi muito sobre os bastidores, as intenções, motivações e também sobre os obstáculos de um processo como este.
Aprendi muito sobre a hierarquia na corrente em que eu militava e também sobre como é difícil construir alternativas quando as alternativas postas se julgam as únicas, as melhores, as mais experientes, quando as prioridades estão de certa forma estáticas e imóveis historicamente.
Pois o melhor conselho e a melhor condição que recebi naquela época veio do amigo LUCIANO MARQUES: faça política para melhorar as relações humanas, se for para piorar caia fora.
Nas palavras dele havia uma bela exigência, estou junto se aceitares isto. Uma bela condição, uma bela lição que até hoje me marca muito.
Alguns podem julgar isto uma ilusão, ou idealismo ou ingenuidade, mas a cada dia que passa, tanto na derrota, como na vitória, tanto coletivamente quanto isolado eu acho que cada vez mais ele tem toda a razão.
A ação política é um ato civilizatório e deve ser capaz de criar sim relações sociais e políticas melhores, mais genuínas e mais autênticas, mais verdadeiras e melhores para sociedade em que vivemos. Só isso já é uma grande revolução. E me parece altamente socialista esta ideia: a generosidade para com o outro, o respeito para com o outro, como uma forma exemplar de construir um outro mundo possível, sem abrir mão da justiça e da honestidade, da lealdade e da compreensão sobre a condição de todos e de cada um.
É a única forma de abandonar uma conduta política raivosa, sectária e enganadora. E de mudar a sociedade em que vivemos.
É na praxis que o sujeito revolucionário aparece ou não.
Um grande Abraço Amigo.
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