Creio que é um grande desafio para a Presidenta Dilma deslindar este confronto. Mas é um confronto que vem da própria formação da república brasileira. Eu diria - sem pretender fechar a questão - mas para agregar uma nova luz ou chave ao tema que é o confronto entre os liberais e republicanos.
O mesmo conflito que gerou a Revolução de 30 - pelo então PRR e seus aliados progressistas e também conservadores - que depois vamos chamar de nacionalistas ou desenvolvimentistas nos anos 50.
Trata-se da questão chave de uma ESTADO FORTE, com capacidade de intervenção na economia e de regulação social. Diria que é o mesmo tema de sempre que se encena aqui de novo: como impedir que o povo se aproprie do estado brasileiro para garantir um estado brasileiro a serviço das elites.
E os discursos são difusos. Se realizarmos uma leitura crítica dos 81 senadores e dos 11 Juízes do Supremo, já se sabe como andam as coisas.
Tem aqueles que fazem o discurso moral que só serve de alavanca para impedir um estado que efetivamente imponha sobre seus interesses alguma forma de fiscalização e regulação.
E os meios de comunicação, algumas facções bem conhecidas de industriários e segmentos bem aquinhoados e bem servidos sempre no estabilishment, que sentem seus poderes ameaçados.
Inclua-se aí algumas corporações bem instaladas na estrutura estatal brasileira a qual servem por seus próprios interesses e benesses. A última fronteira no Brasil parece ter dois flancos: de um lado a mídia e de outro lado todo o sistema judiciário.
Onde se encontram os Donos do Poder?
Como eles e erguem em representantes do povo?
Como eles mantem um sistema público a serviço dos esquemas privados?
Olhem mais de perto - por favor - o Sistema de Saúde, onde justamente esta festa é completa.
Este festim diabólico é encenado todos os dias.
E onde a impunidade sequer é tratada por todos nós.
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