Este é um tema
muito importante mesmo para todos nós, nossos familiares, amigos, conhecidos e
desconhecidos.
[envolve também o
limite de sofrimento das pessoas ou de sujeição a dor ou a certas condições de
sobrevivência - eu tenho certeza absoluta que meu pai não aceitava esta
condição assim como o Walmor, apesar dele temer de certa forma muito a morte, como vi em seus últimos dias apertando minha mão e com minhas irmãs]
E a boa matéria da Claudia Collucci na Folha de São Paulo, aponta
também isto que é muito alto no Rio Grande do Sul e nos estados do sul os índices
de suicídios.
Não estou com isto
querendo reduzir a importância do impacto positivo da aplicação e criação de
políticas públicas específicas para os idosos.
Mas mesmo com elas
melhorando muito nos próximos 25 anos, a condição é ruim para muitos idosos e
para alguns, em especial, é muito ruim.
Considere que
aumentará o contingente de idosos e também os números
daqueles que querem uma saída honrosa e sem sofrimento deste negócio chamado
vida.
Para mim isto
também é um direito.
Ou vamos ficar
assistindo e narrando isto?
Devemos pensar
muito sobre isto meus amigos e amigas.
Sim, a pequena
política e a falta de generosidade acabam vencendo um debate extremamente
importante para a humanização da nossa existência do início ao fim.
Nem no Supremo isso
vira debate.
Fico imaginado aqui
as notícias de jornais ou a operação abafa.
O que não vão
resolver o problema da dignidade da saída desta vida com dignidade.
Estudos
demográficos nos informam que a partir de 2020 e com mais peso em 2038 completa-se
a transição demográfica e a curva de crescimento populacional começa a cair.
Isto significa o
envelhecimento da nossa população, mais idosos o dobro ou triplo de hoje.
Penso que a questão
é dar todos os direitos neste tema.
O problema maior
para mim não são só os modelos de saúde e dignidade, mas sim a questão do
direito de ir embora desta vida, sem ser visto como um crime, uma covardia ou como a frustração de
uma vontade divina.
Assim, com as
mulheres tiveram que conquistar o direito a não reprodução – e ainda lutam
muito por isto, os idosos – e me coloco entre eles mais tarde – terão que lutar
pelo direito de ir embora.
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