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segunda-feira, 10 de março de 2014

KIERKEGAARD E O TEMPO DAS DISTINÇÕES

"O tempo das distinções passou, o Sistema o superou. Quem ainda em nossos dias o ama é um tipo raro, cuja alma se prende a algo há muito tempo já desaparecido. Pode ser que seja assim, todavia Sócrates continua a ser quem ele foi, o sábio simples, graças à sua singular distinção, que ele próprio enunciava e realizava perfeitamente, e que somente o excêntrico Hammann, dois milênios depois, retomou com admiração: "pois Sócrates foi grande porque distinguia entre aquilo que ele compreendia e aquilo que ele não compreendia."

In: KIERKEGAARD, SOREN A. O Conceito de Angústia. Trad. Alvaro Valls. São Paulo: Vozes, 2011, p.5.

Após ler isto na página de abertura da obra que precede a dedicatória, me sinto tocado e provocado, estimulado e satisfeito em  prosseguir com certa valorização de distinções, promovendo a percepção e a compreensão de diferenças, e pedindo com meu trabalho que a cada dia tenhamos mais discernimento neste mundo, porque tanto a instituição em sua superioridade, quanto o sistema abstrato não podem se erguer, se sustentar e se perpetuar sem sofrer o inquérito minucioso e judicioso dos homens, e sofrer com mais rigor com as escolhas refletidas dos homens e mulheres deste mundo. 

E a base mais fundamental disto é o reconhecimento da diferença entre o que não se compreende e o que se compreende e o devido respeito a isto e esta condição. 

E eu me encontro refletindo e tentando fazer deste tempo o tempo da distinção, da diferença, do discernimento e das escolhas verdadeiras....

E seguir vigiando a verdade que não se perca a fronteira entre ela e o engano, o engodo, a fraude deliberada e a farsa entre os homens.

E é claro que o Sistema tem boas soluções para este homem, assim como teve para outros...

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