DAQUELA NOITE
"Mas as palavras dela não chegaram a bater asas."
Odisséia. Canto XIX. Homero.
Aos sorrisos e alegrias
Aguardando a tempestade
Cálices de Vinho
Confiantes em Zeus
Música leve e pouca luz
Enquanto o vento sopra
Enquanto os relâmpagos iluminam
Tudo que teme, foge
Tudo que foge, deixa de existir
Tudo que é frágil, se esvai
Se espalham todas as coisas
Só fica em pé o que é firme
Decisões mudam em balanços
Lembro que te amar nesses momentos
Foi a melhor coisa que vivi
Teus beijos e lábios
Nossos abraços e tremores
Apesar disso, com Zeus
Seguro com a brisa e o ar
Seguro com a chuva e o luar
As cortinas balançam com o vento
E os corpos dançam na cama
Em suaves amores
Risos, alegrias e gozos
Viva a tempestade
Viva o transe
E a segurança
De quem
Ama
Daniel Adams Boeira - 15/12/19
o último poema que é o primeiro
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