PROFESSORES, PROFESSORAS E
SERVIDORAS DO OLINDO FLORES ENTRAM EM GREVE COM APOIO DOS ALUNOS E ALUNAS
Os professores, professoras e
servidoras da Escola Estadual de Ensino Médio se reuniram três vezes nesses
dias da última semana para discutir exaustivamente o Pacote do Governo Leite,
debater a adesão ao movimento e também procurando fortalecer a luta pela
educação na escola da forma mais articulada, organizada e engajada possível
entre os servidores e a comunidade. Foi mantida a tradição de deliberação bem
informada e coletiva em relação ao movimento em defesa da educação com a
participação de todos os educadores e servidores da escola.
Na primeira reunião, na terça
pela manhã, foram apresentadas diversas manifestações de insegurança quanto ao
futuro do magistério e das vidas dos trabalhadores em educação. Na segunda
reunião na quarta-feira pela manhã foi deliberada a adesão à paralisação e à
manifestação da quinta feira em Porto Alegre. Já na primeira reunião foi
marcada a reunião desta segunda feira pela manhã para se deliberar em
definitivo sobre o movimento e a greve.
A reunião ocorreu hoje a partir
das dez horas da manhã. Foi dado informe da última reunião e de algumas
sugestões de encaminhamentos. Os presentes que se manifestaram, expressaram
todos em prol da adesão imediata ao movimento, tendo em vista a gravidade e a
maldade do Pacote do Governador Leite que destrói a carreira dos educadores e o
futuro da educação pública estadual. Educadores em vistas de se aposentarem
manifestaram suas inconformidades com a situação de desespero e insegurança
quanto ao futuro e também lembraram que esse pacote é tão perverso que atinge
até mesmo os que já estão aposentados. Houve também manifestações especificas
com algumas dúvidas sobre os próximos passos e as condições de quem não aderir.
Após muitos esclarecimentos, foi
aprovada por grande maioria o ingresso na greve a partir desta terça feira, dia
19 de novembro. Como a grande maioria aderiu ao movimento as aulas estão
inviabilizadas, haja visto que quem comparecer a escola no período terá também
que comparecer no período de recuperação da greve, se houver uma greve muito
extensa e que avance sobre o calendário, em caso de aprovação do Pacote de
Maldades do Governo Leite contra os trabalhadores da educação e demais
servidores públicos.
Hoje serão realizadas reuniões
com os alunos e alunas para comunicar a decisão nos três turnos e já pela manhã
se iniciou as manifestações de alunos e alunas, ex-alunos e ex-alunas em apoio
ao movimento.
Marcamos também para quinta feira
que vem, à noite, reunião às 19:00 com todos os pais, mães e responsáveis e
também alunos e alunas para esclarecer o movimento, informar sobre o Pacote de
Maldades e obter mais apoios e adesões.
Somente na próxima assembleia
geral da categoria, que será na próxima terça-feira, dia 26 de novembro em
Porto Alegre, em que se reavaliará o movimento. Até lá os professores e
funcionários vão participar das manifestações e pressionar os deputados
estaduais a votarem contra esse Pacote de Maldades.
Hoje, pela manhã, em um momento
emocionante, os alunos e alunas subiram ao palco junto com os professores e
funcionárias em apoio ao movimento gritando "o professor é meu amigo,
mexeu com ele, mexeu comigo".
AGORA É GREVE!
Nota: duas falas de professores
nesta reunião na Escola Olindo Flores da Silva em São Leopoldo, chamaram muita
atenção para dois aspectos muito destrutivos do pacote de maldades de Eduardo
Leite. Primeira, eles não querem privatizar o serviço público, não querem abrir
para a iniciativa privada. Querem apenas criar um vínculo tão precário para
essas carreiras de estado para que possam terceirizar os serviços e transformar
os educadores públicos em horistas. Segunda, que se esse projeto passar
provavelmente as reuniões de professores e funcionários para a organização da
escola serão completamente eliminadas e diz educadores restará cumprir com
estrita obediência seja lá o que for, não proposto e nem negociado, mas apenas
imposto, não importa quem seja o imbecil no governo ou do governo e da
iniciativa privada no chão da ré escola ou na direção da direção da escola.
Isto é, todos e todas que se revoltarem ou não aceitarem os ditames da
mantenedora ou gestora da educação. Por isso, o texto abaixo Professores em
liquidação combina bem com essa tomada de posição
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