Balanço histórico - O Partido dos
Trabalhadores de São Leopoldo – Esboço 2019
O Partido dos Trabalhadores tem
uma trajetória decisiva para a construção da luta dos trabalhadores e
trabalhadoras na cidade de São Leopoldo e na região do vale do rio dos sinos,
com impactos na região metropolitana e também nos Vale do Rio Cai e Paranhama, que
vem desde sua fundação no ano de 1980. Ele tem sido uma ferramenta de luta da
classe trabalhadora e sempre teve forte articulação e engajamento dos e das
militantes dos mais variados movimentos sociais, sindicais, comunitários,
estudantis, religiosos, de mulheres, na área cultural e na luta pela moradia.
Desde sua fundação, o PT vem
mudando a cara da cidade de São Leopoldo e região. Esse processo histórico teve
três etapas: fundação e organização da luta social e comunitária na oposição
(1980-1997), vitórias eleitorais e administração pública com articulação social
(1998-2012) e, no ultimo período, resistência ao golpe, retomada da
administração municipal e rearticulação social (2013-2019...). Observamos que
nós designamos este último período em nossas teses nacionais e estaduais de
Tempos de Guerra. Da luta pelos diques, da disputa, construção e conquista pela
base de um novo papel nas organizações
sindicais, no diálogo e na organização de um movimento religioso
progressista, na articulação dos movimentos das mulheres, comunitários, no
movimento estudantil secundarista e universitário e nas propostas inovadoras
com prioridades sociais e populares, proporcionaram ao Partido dos
Trabalhadores estar à frente da Prefeitura Municipal, ter representantes na
Assembleia Legislativa e na Câmara Federal e compor governos, dirigir o partido
e organizações sociais com suas lideranças em todos os níveis, local, regional,
estadual e nacional.
Na região, essas conquistas e
lutas se refletiram na organização do Partido dos Trabalhadores em outros
municípios promovendo integração e atuação articuladada com vitórias políticas,
sociais e eleitorais em praticamente todas as cidades da região com eleição de
prefeitos, vereadores e também com forte intervenção e construção no movimento
social.
No estado, em duas ocasiões, as
lideranças de São Leopoldo dirigiram o Partido dos Trabalhadores, na primeira
com Ronaldo Zulke em meados dos anos 90, já na segunda com Ary Vanazzi em
meados da segunda década de XXI. No inicio de 2011, a deputada estadual Ana
Affonso foi eleita vice-presidenta do PT Estadual. Ao mesmo tempo, num longo
período de dez anos, no inicio dos anos 2000, o dirigente Marcel Frison foi
membro da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores. O PT de São Leopoldo,
assim como se comprova, sempre teve participação e engajamento na construção
partidária e social. De tal modo que muitos quadros egressos de nosso partido
dirigiram entidades importantes e se constituíram e se mantém com intervenção
intensa na articulação social e partidária, assim como também ocuparam espaços
importantes em governos de outros municípios, no estado e no governo federal.
Nos governos, o PT de São Leopoldo em 1998 teve o vice governador Miguel
Rossetto, que apesar de não residir mais na cidade, foi construído na
militância sindical local e se constituiu como representante sindical no
estado, não podendo ser desvinculado disso por conta do tema de seu domicilio
eleitoral. O mesmo também foi ministro de estado nos governos Lula e Dilma, de
2003 a 2015.
Nesse período que marca a eleição
e reeleição de Lula e a primeira eleição de Dilma, o PT de São Leopoldo obteve
seus melhores resultados eleitorais com ampla participação política. Ao longo
dessa histórica de conquistas, o PT de São Leopoldo elegeu três deputados
federais e dois estaduais ao longo dessa história. Em 1994, Miguel Rossetto, em
1998 Ary Vanazzi e em 2006 Ronaldo Zulke. O primeiro deputado estadual eleito
foi Ronaldo Zulke em 1998 e em 2010 elegeu-se Ana Affonso, nossa primeira deputada
estadual mulher, para a Assembléia Legislativa. Ary Vanazzi também foi o
primeiro Secretário da Habitação no Governo Olívio Dutra, no qual Miguel
Rossetto era o vice e Ronaldo Zulke foi líder. E Marcel Frison foi também
secretario Estadual de Habitação no governo de Tarso Genro de 2011 a 2014. Em 2018, já num quadro de resistência ao
golpe e reconstrução partidária, Miguel Rossetto e Ana Affonso compuseram a
chapa ao governo estadual. Nesse sentido, muito poucas cidades da região e do
estado, ressalvada a capital, tiveram nesse longo período tamanha capacidade de
intervenção e representatividade política.
Sobre a disputa para a Câmara de
Vereadores local, o PT de São Leopoldo lançou chapa para vereadores em todos os
pleitos desde 1982. Não elegeu vereadores somente no primeiro pleito. Já em
1988, elegeu sua primeira bancada e assim sucessivamente até os dias de hoje.
Em 1988, Ronaldo Zulke foi o vereador mais votado da cidade e a bancada elegeu
também Ary Vanazzi e Emilio Diniz formando a primeira bancada. Em 1992,
reelegemos Zulke, Vanazzi, Diniz e elegemos Jorge da Silva, em 1996 elegemos Paulo Borba, João Carlos
Alves Rodrigues, Nestor Schwertner e reelegemos Emilio Diniz, em 2000,
reelegemos Nestor, elegemos Ronaldo Vieira, Ronaldo Teixeira, em 2004 reelegemos Nestor Schwertner,
elegemos Ana Affonso, Carlinhos Fleck e Alexandre Schuh, em 2008, reelegemos
Nestor Schwertner e Ana Affonso foi a vereadora mais votada da cidade, sendo a
primeira mulher mais votada para o cargo de vereadora em São Leopoldo e
elegemos Alexandre Schuh, em 2012 reelegemos Nestor Schwertner, Carlinhos Fleck
e elegemos Luis Antonio Castro, e em 2016 reelegemos Nestor Schwertner e a
companheira Ana Affonso retomou mandato de vereadora, tendo o nosso primeiro
suplente Wilson Eduardo Moraes, sido eleito primeiro suplente e sendo empossado
na vaga de vereador, por conta da nomeação do companheiro Nestor Schwertner
como Diretor do Semae.
Em 1982 formou-se a primeira
chapa para a disputa à prefeitura de São Leopoldo, com os professores Ângelo Dalcin e Hildemar Rech. Em 1988, a chapa foi composta com o Professor
Ângelo Dalcin, com o vice Luis Castro (PT). Nos anos que se seguiram o PT
disputou todas as eleições com chapas encabeçadas por diversos companheiros
como Zulke em 1992, com o vice Dr. Adroaldo Diesel (PSB), 1996, com Ary Vanazzi
de vice e 2000, com Ari Moura (PDT) de vice, e Vanazzi foi vitorioso em 2004,
2008, em ambas eleições com o vice Alexandre Roso (PHS-PSB) e agora em 2016,
com a vice do PCdoB Paulete Souto. A cada eleição o PT aumentava seu alcance de
votos nos diversos bairros de São Leopoldo até que, no ano 2004, o PT conseguiu
chegar a prefeitura com Ary Vanazzi. Este projeto foi reeleito em 2008 com mais
de 77% dos votos dos eleitores e eleitoras. Perdemos a Prefeitura de São
Leopoldo, após um processo de denúncias e chantagens, bem como, pode se dizer,
a adoção de uma estratégia de aparelhamento do poder judiciário para perseguir
o PT e por conta de diversas dificuldades políticas internas. Não se tratava na
época de um problema da qualidade do governo Vanazzi, mas sim de dificuldades
na organização e condução política local. Já em 2016, voltamos a prefeitura com
Ary Vanazzi numa vitória notável não pelo número de votos, mas por simbolizar a
força da nossa resistência ao golpe e a solidez das raízes partidárias na
cidade, bem como, a forte e resistente representatividade do nosso
candidato.
Na primeira experiência de oito
anos de governo popular em São Leopoldo, demonstrou-se grande capacidade de
diálogo com todos os setores da sociedade. Com democratização da gestão,
através do Orçamento Participativo, realização de Conferências Temáticas e
ativação dos Conselhos Municipais, fez-se um governo de forte participação
popular obtendo diversos avanços consolidados nas estruturas econômicas e
sociais da cidade. Com o auxilio das políticas implementadas pelo presidente
Lula, eleito em 2002, conquistamos vários investimentos em infraestrutura para
a São Leopoldo. Os exemplos como a Revitalização da Av. João Correia, Estação
de Tratamento (ETE) na Feitoria, abertura de importantes avenidas como a
Atalíbio Taurino de Resende, Tarcílio Nunes e John Kennedy. A extensão do
Trensurb até Novo Hamburgo e as melhorias no entorno dessa obra, como Unidade
Básica de Saúde, Escola Infantil e o novo loteamento para reassentamento dos
moradores da vila dos tocos. Ao mesmo tempo, construiu-se na cidade mais de 10
mil moradias populares e com três projetos do PAC foram realocadas várias
famílias que moravam na beira de arroios como o Gauchinho, Cerquinha, Cruz e
Vicentina. Além disso, durante todo esse período foram construídas novas
unidades de saúde e políticas públicas inexistentes nas áreas das mulheres, da
igualdade racial, da defesa da criança e do adolescente. A Secretaria de Assistência
Social foi reestruturada e foi uma das pioneiras no Brasil na implantação do
SUAS, Sistema Único de Assistência Social. Políticas para garantir a vida digna
da população indígena na cidade foram criadas e hoje existe uma aldeia indígena
em São Leopoldo que cumpre o papel de garantir moradia e vida digna para esse
povo.
Outras ações importantes a serem
ressaltadas nos primeiros mandatos da gestão popular foram a construção de
novas escolas, o resgate da eleição de diretor que havia sido extinto pela
gestão anterior, a construção da autonomia nas equipes diretivas e a criação do
Sistema de Ensino. Além disso, foi nesse período também que implementamos
políticas de valorização da juventude e que forma criados diversos grêmios
estudantis em São Leopoldo, trazendo para o espaço político uma nova geração de
militantes. Foi nessa primeira gestão também que construiu-se o Parque
Imperatriz, um dois maiores parques de preservação ambiental do país, com
projeto idealizado pela sociedade civil organizada e com recursos obtidos
através do mandato do deputado federal Ary Vanazzi. Por fim, foi nessas
administrações que se construíram os projetos da Rua da Praia, implementado
depois com recursos obtidos pelo deputado federal Ronaldo Zulke e se restaurou
a casa que era sede do antigo porto de São Leopoldo, criando o Museu do Rio.
Nas políticas ambientais e culturais tivemos grandes avanços também. As áreas
culturais receberam atenção e a Secretaria Municipal de Cultura foi criada já
no primeiro governo Vanazzi.
A administração popular tornou-se
referência de tal modo em toda a região e no estado, sendo a base fundamental
para o surgimento chamada Linha Vermelha, onde o PT ganha diversas prefeituras
da região como Canoas, Esteio, Sapucaia, Novo Hamburgo e Sapiranga entre
outras.
Em 2012 perdemos as eleições com
Ronaldo Zulke para prefeito e o vice Guerino Roso (PSB). Dentre as análises
realizadas, observaram-se aspectos como crise econômica nacional e
internacional, fortes ataques promovidos pela mídia ao PT periodicamente,
desgaste da base aliada, problemas na gestão da saúde na cidade, principalmente
vinculadas ao Hospital Centenário, contribuíram para a derrota nas urnas. Mas
também ocorreu uma operação de denúncias a nossa administração orquestradas por
setores e indivíduos descontentes ou não contemplados por nossa gestão.
Durante as duas gestões o PT,
enquanto estrutura partidária foi prejudicado pela excessiva dedicação dos
nossos quadros a gestão do governo e um certo esvaziamento e enfraquecimento do
partido.
Após a derrota eleitoral, São
Leopoldo vivenciou 4 anos (2013/2016) da gestão Moacir/Daudt sendo apontado
como uma das piores gestões da história da cidade, uma parte dos que antes eram
“aliados” tornaram-se base da gestão aumentando o coro da dita “Herança
Maldita”. Durante este tempo o PT não conseguiu fazer uma oposição organizada
ou dirigida pelo seu diretório. A sede ficou esvaziada, enfrentando fortes
crises financeiras e ouve um esvaziamento dos diretórios. A oposição foi feita
principalmente pelo funcionalismo público, tendo destaque a luta das
professoras do CEPROL e algumas intervenções dos mandatos do PT na Câmara de
Vereadores, com algumas ressalvas. Porém, é preciso dizer que muitos militantes
do PT em seus locais de trabalho e atuação promoveram oposição ao governo Moa e
enfrentaram em outros setores as tentativas de destruir as conquistas dos dois
governos do PT na cidade. Na área cultural houve resistência combinada para
resgatar e impor a execução do Inventário de Patrimônio Histórico previsto em
lei e também houve articulação pela retomada do Tombamento da Praça do
Imigrante. Nesse mesmo setor, foi realizado o desfile de carnaval da resistência
sem apoio da administração municipal. E também houve articulação para garantir
a existência da Secretaria Municipal da Cultura com dois movimentos combinados,
um, organizado a partir do FAC – Fórum de Artes Cênicas, e outro com a criação
do Cultura nas Ruas. Nos dois casos haviam muitos ativistas culturais do PT e
da esquerda que compuseram essas iniciativas e que obtiveram engajamento de
amplos setores da sociedade na defesa da Secretaria de Cultura. Com esforço
coletivo e articulado se engajaram artistas locais e estaduais e o Conselho
Estadual de Cultura contribuiu também na defesa da nossa secretaria de cultura.
Mesmo com este cenário, em 2014, Dilma
se reelege e Tarso se elege governador do estado, com um forte engajamento
petista principalmente no segundo turno. Em 2016 o PT, vence as eleições para a
prefeitura, com Vanazzi novamente. Esse novo período que iniciou em janeiro de
2017, está sendo marcado por várias dificuldades, tendo em vista o desmonte das
políticas públicas a nível federal e estadual, as dívidas herdadas da gestão
PSDB/MDB. Também é importante ressaltar que desde o golpe de 2015 contra a
presidenta Dilma, o país esta sofrendo com a falta de recursos para a
implementação de políticas públicas e se confirmam perdas frequentes nos
direitos já adquiridos assim como os diversos ataques a classe trabalhadora tem
sido feitos por um novo bloco neoliberal no país.
Em março de 2018, a Caravana do
Lula pelo Brasil teve ato na cidade, levou-se uma multidão de mais de 20 mil
pessoas para a Avenida Dom João Becker, Lula discursou para diversas lideranças
regionais e a população o aclamava. O maior líder da América Latina discursou
sobre os avanços dos governos populares e denunciar o Golpe sofrido por Dilma e
o golpe sofrido por ele próprio meses depois com sua prisão. Mesmo com todo o
gás e esperança deixados por Lula e todo sentimento de revolta pela prisão
arbitraria do mesmo não seguiu-se uma mobilização expressiva e massiva nas
eleições de 2018. Porém, em 2019 com as revelações de Intercept Brasil a lava
jato começa a perder credibilidade porque fica demonstrado que ocorreu um
Conluio entre o Juiz Sergio Moro e os Procuradores da Lava Jato cuja investigação
foi seletiva, parcial e dirigida com flagrante interesse político e eleitoral.
Um olhar mais detalhado mostra
que os resultados da Eleição de 2018 na cidade, não foram positivos para as
candidaturas do PT em todos os níveis. Foi uma eleição muito difícil
influenciada ainda pela agenda golpista e também pela disseminação de boatos em
redes sociais e alguns setores importantes adotaram a linha de apoiar Bolsonaro
e seus representantes em nível estadual. Na disputa ao governo do Estado mesmo
contando com os companheiros Miguel Rossetto que é leopoldense e nossa
companheira vereadora Ana Affonso como vice, ficou-se em 3º lugar na disputa
atrás de Sartori e Eduardo Leite. Na
disputa nacional Haddad ficou em 2º lugar no 1º turno com 27.403 votos (17%) e
com 43.166(28%) no 2º turno.
Com relação ao segundo turno das
eleições presidenciais à candidatura Haddad apresentou uma melhora, ampliando a
votação em todas as regiões da cidade, onde observou-se uma tendência de
migração dos votos de Ciro para Haddad no segundo turno, há um padrão na agregação
proporcional de votos, tanto geral quanto regional. Evidencia-se um crescimento de 14% de Haddad
na Região centro contra 7% de Bolsonaro. Foi nesta região que Ciro teve melhor
desempenho no primeiro turno ficando à frente de Haddad. Esse dado é importante
porque marca uma retomada de votos na região central da cidade e também uma
espécie de revisão da classe media de seu antipetismo.
Analisando de forma regionalizada
o resultado das eleições nota-se perda eleitoral em todas as regiões da cidade.
Destaca-se a perda de votos do PT na região nordeste principalmente Vila Braz,
região Oeste, Leste onde em 2016 houve recuperação eleitoral. As regiões Norte 2 e Sul também são regiões
em que viemos perdendo força nas últimas eleições.
Pode-se atribuir boa parte deste
resultado ao cenário nacional em que se deu esta eleição, com a condenação e
prisão injusta de Lula e com isso a inviabilização de sua candidatura, o efeito
em cadeia nacional da negação e até mesmo criminalização da política, a
despolitização, ao antipetismo difundido pela mídia principalmente
correlacionado pela corrupção. Além de um processo eleitoral carregado de
ilicitudes com disseminação de mentiras e forte aparelhamento do processo por
parte das Igrejas principalmente Neo-Pentecostais. Aliado a tudo isso ainda há um crescimento,
não só brasileiro, mas mundial, do ultraconservadorismo de direita. Uma parcela
da direita se aproveita deste momento para surfar na onda conservadora e pregar
sua agenda de ataques a classe trabalhadora, esquerda e militante.
Este aparelhamento teve forte
impacto aqui na cidade onde o engajamento de lideranças e pastores de igrejas
Neo-Pentecostais, ocorreu de forma muito intensa em cultos e nas redes sociais,
principalmente via whatsApp. A divulgação de Fake News como o kit gay e a
erotização de crianças através da chamada ideologia de gênero foram
disseminadas em larga escala neste público que está majoritariamente
concentrado nas periferias da cidade. Ao mesmo tempo, esse resultado foi
promovido também junto as classes médias da cidade com noticias falsas e muito
uso de robôs e de sistemas de informação que nos levam a acusar os adversários
de fraude eleitoral, como hoje claramente se confirma.
Porém não se pode ignorar que
governamos a cidade a partir de 2017 com espirito de reconstrução e
reorganização da administração e que as dificuldades dos dois primeiros anos e
diversos anseios e demandas da comunidade não foram atendidas e podem ter tido
efeito negativo na eleição de 2018. Essas questões, inclusive, foram apontadas em
pesquisa interna realizada que já apontava uma insatisfação em regiões em que
se constatou queda na votação. Porém, é preciso dizer que o governo tem atuado
mais em todas essas regiões e tem conseguido no ano de 2019, recuperar demandas
e acelerar seu ritmo de gestão de modo a responder a elas.
Pode-se concluir com este balanço
histórico da cidade e do PT e principalmente com os números e apontamentos da
eleição de 2018 que ainda se tem muito o que avançar enquanto leopoldenses,
militantes, partido e governo. O velho tema da forma de comunicação com a
população, tanto na esfera governamental quanto partidária é um dos fatores
mais críticos. Ele envolve o engajamento efetivo da direção partidária e da
militância na defesa do governo e na organização das nossas bases sociais
originárias. A agenda de retrocessos impostas pelos governos Leite e Bolsonaro,
com a perda de direitos já adquiridos, construção de políticas públicas
contrarias aos negros e negras, indígenas, lgbtq+, mulheres, trabalhadores e
trabalhadoras, ataques aos movimentos sociais, terá que ser combatida de forma
sistemática dentro e fora do partido. E essa tarefa é do nosso partido e dos
nossos militantes, dirigentes e simpatizantes e para realizar ela é preciso
avançar na construção de um campo de esquerda e progressista.