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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

TOME CERTA DISTÂNCIA DE SI MESMO – NIETZSCHE



"Ocasionalmente, precisamos descansar de nós mesmos, olhando-nos de cima e de longe e, de uma artística distância, rindo de nós ou chorando por nós; precisamos descobrir o herói e também o tolo que há em nossa paixão do conhecimento, precisamos nos alegrar com a nossa estupidez de vez em quando, para poder continuar nos alegrando com a nossa sabedoria! E justamente por sermos, no fundo, homens pesados e sérios, e antes pesos do que homens, nada nos faz tão bem como o chapéu de bobo: necessitamos dele diante de nós mesmos – necessitamos de toda arte exuberante, flutuante, dançante, zombeteira, infantil e venturosa, para não perdermos a liberdade de pairar acima das coisas, que o nosso ideal exige de nós. Seria para nós um retrocesso cair totalmente na moral, justamente com a nossa suscetível retidão, e, por causa das severas exigências que aí fazemos a nós mesmos, tornamo-nos virtuosos monstros e espantalhos. Devemos também poder ficar acima da moral: e não só ficar em pé, com angustiada rigidez de quem receia escorregar e cair a todo instante, mas também flutuar e brincar acima dela! E, enquanto vocês tiverem alguma vergonha de si mesmos, não serão ainda um de nós".

Nietzsche


Grato ao Marcus Diesel que trouxe isto ao meu foco ao compartilhar no Facebook esta passagem....

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