EVOCAÇÕES DE UM PROFESSOR DE FILOSOFIA
Em 1995, quando comecei a
lecionar com um contrato de professor substituto na Escola Técnica do Comércio
da UFRGS, eu tinha diversos desafios e considero que, além de preparar e
planejar bem as aulas, me coloquei a criar inventivas e táticas para chamar a
atenção dos alunos e construir uma abordagem que os atraísse e gerasse, de um
lado, memorização, de outro lado, atenção, eu precisava chocar de alguma forma
os alunos e alunas para isso. Hoje olho para aquilo com um misto grandioso de
insegurança manifesta e também de excesso de detalhismo nas aulas. Juro que
planejava cada palavra que me saia da boca e cada assunto que abordava. Tenho
rascunhos detalhadíssimos das aulas até hoje.
Foi dai que desenvolvi minhas
evocações ou chaves de atenção para trabalhar em sala de aula. Algumas delas eu
uso até hoje. Eram basicamente três: uma de abertura que batizei de REFRESQUE
MINHA MEMÓRIA, outra de problematização que batizei de MENTES QUE BRILHAM e
outra de finalização que batizei de PEDIDO DE SOCORRO. Praticamente todos os
meus alunos ouviram alguma delas algum dia e em algum momento. Mais tarde com o
passar do tempo adotei outros standards como, por exemplo, EU PODIA TÁ MATANDO,
etc e etc, mas estou aqui dando aula para vocês. E muitas outras para cada aula
e, em geral, cada conteúdo específico tem seus chavões e evocações.
Esta semana quero relembrar
alguns deles e escrever sobre eles porque é uma forma também de ver mais de
perto as reações das pessoas e suscitar algumas questões que eu creio que
precisam ser devidamente registradas para quem interessar possa.
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