Para os meus alunos e ex-alunos e
alunas de filosofia política moderna, para os alunos de história moderna e
contemporânea e para os curiosos. O Brasil é um dos poucos países do mundo em
que existem partidos que se chamam de liberais e que são conservadores, partido
que se designa progressista e é conservador e onde agora, após a adesão do PSDB
ao golpismo e à agenda reacionária - até mesmo a Social-democracia que deveria
ser uma legenda progressista moderada virou conservadora e anti-liberal e
progressista. Uma prova disto é que com certeza não deverá haver nenhum liberal
que de sã consciência aposte em crise econômica, prejuízos econômicos e
instabilidade econômica e política para defender suas liberdades. E, ao mesmo
tempo, é preciso dizer que o comentário do Rogério aponta exatamente para o que
ando pensando...ser liberal de verdade é ser progressista no Brasil e, com o
golpismo ou a volta da ditadura, é correr o risco de ser perseguido e torturado
também como outros liberais o foram na ditadura militar...pois é bem um
equivoco de memória da matilha achar que ops liberais passarão ilesos por um
golpe. A mesma ilusão estúpida aliás em que incorreram a maioria dos liberais
pré-1964.
"É preciso dizer pela
milésima vez aquela verdade já verbalizada por Machado de Assis: Não há
liberais no Brasil (a não ser em alguns segmentos da esquerda). Quem procurar
por eles à direita do espectro político vagará à míngua: não respeitam nem a meritocracia
(querem as benesses do estado) nem a normalidade institucional (essa deve valer
apenas na medida de suas conveniências). Essa tem sido uma das grandes
fatalidades da nossa história política." por Rogério Lopes comentando o
Bresser-Pereira a seguir:
“Nas lamentáveis manifestações de
hoje, os políticos liberais do PSDB, ao pregarem o impeachment, pregaram o
golpe de Estado. Naturalmente juraram que não estavam fazendo isso, que o
impeachment é um recurso constitucional, e que têm todo o direito de impichar
um presidente que não consideram bom - que "não deveria ter sido
eleito". Eles sabem que não há motivos legais para o impeachment, que as
pedaladas não constituem crime e, portanto, não justificam a derrubada da
presidente, mas insistem, como se estivéssemos no parlamentarismo. Ora, meus
senhores, não estamos no parlamentarismo. A Constituição de 1988 rejeitou essa
forma de governo, e um plebiscito confirmou essa rejeição. Logo, fica
claríssimo que o impeachment proposto é inconstitucional - é golpe parlamentar.
Estou, porém, tranquilo. A
democracia está no Brasil consolidada, e os brasileiros não embarcarão nessa
aventura irresponsável dos políticos e das elites liberais e do senhor Eduardo
Cunha.”
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