Um jovem parou seu carro,
aproximou-se da vítima e socorreu um motoqueiro acidentado, nos deixando
embevecidos na estrada. À primeira vista tudo que ele fazia era necessário e
decorria de muita humanidade. Observamos que ele era gentil com a vitima, pois segurou
a cabeça do acidentado até os socorristas chegarem. Observei, depois, que ele
havia movido a cabeça do acidentado para o lado de modo que o mesmo conseguisse
respirar sem se sufocar com o sangue que lhe enchia a boca. Depois minha esposa
me alertou que não bastava a intenção humanitária do jovem, pois ele não
possuía conhecimento algum de primeiros socorros e que talvez estivesse apenas
contribuindo para agravar o dano na coluna cervical do acidentado e, além
disso, talvez ao movê-lo de lado acabou por perfurar-lhe ainda mais os pulmões
e agravar a asfixia. E, bem assim, poderíamos seguir na análise do exemplo.
Graus diferentes de conhecimento e graus diferentes de intencionalidade moral,
com consequências diferentes. O caso é este e a situação exige de nós juízo.
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