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sábado, 28 de fevereiro de 2015

DAS CORES DO VESTIDO, DAS DISTORÇÕES DE ASPECTO E PERCEPÇÃO E A MORAL DA HISTÓRIA -

Wittgenstein tem uma teoria bem legal para estas variações de aspecto, nas Investigações Filosóficas Capítulo XI (1953, obra póstuma). Aliás não é uma teoria é um exemplo de análise que nos leva a diferenciar entre uma visão permanente de um aspecto e a diferenciação disso de uma "revelação" de um aspecto. E eu lembrei e pensei imediatamente nisso quando me vi olhando pela primeira vez a tal matéria ontem na tevê. Mas no atual contexto seria bem mais educativo se a televisão - que já me deixou burro demais - se colocasse a tarefa de mostrar como edita as notícias, dando ênfase, distorcendo, suprimindo e sonegando informações cruciais dos seus videotas, no jornalismo dos seus leitores de tal modo que tudo que se vê na tevê e num jornal é muito menos ou muito diferente do que ocorreu de fato. E também uma aula sobre omissões deliberadas e intencionais de fatos, ocorrências, aspectos e incidentes. Por exemplo, há uma tremenda ilusão de ótica produzida sobre a corrupção no Brasil e tudo se passa como se ela tivesse só um lado e como se mesmo aqueles que a denunciam e a propagandeiam como imoral não estivessem todos enfurnados nesses afazeres, saberes e dizeres. A corrupção no Brasil é como este vestido, alguns - dada sua formação moral e ideológica - só avistam duas cores, enquanto é possível ver bem mais do isso nela. Aliás, em geral as cores de base real e  efetiva da corrupção no Brasil, não são mesmo o vermelho e o branco, tem muito amarelo, preto e azul  na composição da corrupção no Brasil. Mas a imprensa é daltônica e só enxerga duas, porque senão terá que olhar platinada e cromada para si mesma também. Nem tudo que reluz é ouro, já dizia a vovó...portanto é possível revelar mais de um aspecto neste exemplo...neste desvio tradicional e típico das redes de CURIOSITIES da questão mesma... 

a matéria abaixo com o filósofo inglês Barry Smith elucida mais ainda o ponto filosófico - da BBC What would Wittgenstein say about that dress?       

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