- RAZÃO: O que é razão? – para tratar de Razão Inata ou Adquirida vou adotar uma abordagem indireta ao texto, não vou usar o recurso de explorar a origem da ideia de Deus ou o princípio de não contradição;
- 2. Retomada da aula anterior: Quais os sentidos da razão? (Capítulo 7 do livro didático Iniciação a Filosofia da Marilena Chaui);
- 3. Respostas dos alunos: certeza, conhecimento, sabedoria;
- 4. No interessa hoje compreender a diferença entre Razão Inata e Razão Adquirida (capítulo 8), para fazer isto vou presumir aqui que ter uma razão é a mesma coisa que ter conceitos;
- 5. Ter razão é ter conceitos? Isto é quem tem razão aplica conceitos sobre suas ações e seus juízos?
- 6. Sim, com conceitos nós discriminamos as coisas, discernimos diferenças e explicamos fenômenos;
- 7. Temos um conceito de Justiça? Que se aplica a juízos e a ações?
- 8. Nos chama muita atenção a ação injusta? (adotando a via negativa);
- 9. Alguém aqui já sofreu uma injustiça? (que queira nos dar de exemplo para esta análise?)
- 10. Uma aluna relata a discriminação econômica e racial que sofreu em uma farmácia quando ia comprar medicamentos e ao dar seu cartão de crédito para o pagamento ouviu o que não devia ter ouvido;
- 11. Consideramos isso uma injustiça?
- 12. Mas entendemos que o injusto tem um conceito de justiça, mas que ele não compreende o conceito de justiça em sua amplidão;
- 13. Outro exemplo da aula de ontem em que uma aluna frente a pergunta afirma que sofreu uma injustiça quando sua mãe a abandonou ao se separar do marido (ou seu pai), ao mesmo tempo nesta aula um aluno relata a mesma ocorrência o pai o abandonou quando se separou da mãe;
- 14. A mãe tem um conceito de justiça?
- 15. Mas ela sabe que está sendo injusta?
- 16. Para saber isso teríamos que tomar dela um depoimento e saber se ela refletiu ou não do ponto de vista da justiça do seu ato; teríamos que compreender também o motivo da sua decisão e o que estava em jogo na decisão;
- 17. Nós não sabemos, portanto.
- 18. Justiça, seja em juízo, seja em ações envolve uma relação com os outros; tem sempre uma dimensão social; não se é justo consigo mesmo, nem pó si mesmo (talvez tenhamos que entender que dizer que é justo é sempre um juízo de outros sobre nossas ações ou juízos e que nosso julgamento próprio não é critério definitivo de justiça – de que é preciso conferir socialmente se é justo ou injusto – que nossa reflexão não basta);
- 19. Bem, sobre a razão Inata ou adquirida: o conceito de justiça seria inato se fosse lembrado por nós através de atividades promovidas por nossos professores, ou seja, se já o soubéssemos e coubesse ao professor ou professora reavivar nossa memória sobre este conceito até chegarmos a um conceito amplo e máximo de justiça (lembrar o Mito de Er de Platão e as lições e a maiêutica de Sócrates); sobre a razão adquirida: o conceito de justiça seria adquirido se ele nos fosse ensinado através de atividades promovidas por nossos professores, ou seja, se já não o soubéssemos e coubesse ao professor ou professora nos iniciar e nos introduzir sobre este conceito até chegarmos a um conceito amplo e máximo de justiça;
- 20. Mas enquanto não sabemos isto a justiça se faz presente através das leis e daqueles que as fazem e as aplicam as nossas ações; os legisladores e os juízes;
- 21. Nós elegemos os legisladores – os legisladores tem um conceito de justiça? Nós elegemos vereadores, deputados e senadores tendo clareza de que eles fazem as leis? É aceitável ou razoável admitir que um eleitor ou eleitora vote fazendo de conta ou ignorando isto? Hoje em dia é abundante a informação para todos de que “eles fazem leis”.
- 22. Mas, pergunta um aluno, os juízes tem conceito de justiça?
(esta reconstrução foi feita em 20 minutos para efeito de registros após o desenvolvimento desta aula - os alunos devem completar a reconstrução da aula para o próximo encontro – dicas Al Capone, Bernardo, Erro Médico, Vereador Clientelista, o que é justiça?)
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