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sábado, 11 de janeiro de 2025

Soneto 14 - William Shakespeare - mais uma versão

 Soneto 14 - William Shakespeare


Não arranco das estrelas os meus juízos

Mas me meto a pensar n'alguma astronomia

Não que veja a sorte e o demônio e seus avisos

Nem as pragas, as estações e epidemias

Nem tenho a fortuna de ver os minutos

Nem pontuar os raios, as chuvas e as ventanias

Ou aos príncipes dizer coisas boas

Olhando aos céus com atenção

Mas dos teus olhos, sim, eu tiro saber

E, esses astros constantes, nos quais leio esta arte

Como a beleza e a verdade fazem crescer em mim

Se a tiveres em ti há de vingar


   E se for assim, eu te prevejo

   O belo e o verdadeiro contigo terão fim

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