Bom Dia.... Aristóteles e Kant na cabeça.....ontem recomendei uma Ética à Nicômaco, aliás uma tradução nova do Grego que eu nem conhecia, para uma pessoa numa das livrarias que eu frequento e dou a geral toda semana....e a pessoa ficou me olhando pois queria em princípio um filósofo medieval...dai dei lhe uma compilação de Teoria Política Santo Tomás de Aquino - da Editora Vozes...ele anotou e saiu...e eu fiquei pensando: poxa a ética e a filosofia política parecem mesmo estar abandonadas...mas que nada.....talvez a maior mudança nestes 20 anos foi mesmo que a filosofia é mais e mais lida e procurada espontaneamente pelas pessoas...quando olho na banca de revistas e vejo de 7 a dez revistas com assuntos filosóficos ou especulativos me dou conta disto...houve sim uma popularização da filosofia...no que isto vai dar num sei, mas vejo com bons olhos igual....pois certamente novas ideias e velhas ideias tem tido mais espaço para se reencontrarem...no debate que haverá na semana que vem sobre os expurgos da UFRGS na Ditadura militar vou pensar um pouco no que se jogou fora de um ponto de vista do pensamento filosófico e cultural brasileiro com aqueles processos de perseguição aos professores e professoras nos anos 60 e 70, e com a retirada das disciplinas de filosofia e sociologia dos currículos escolares...e estes dias estava mesmo lendo Gerd Bornheim e pensando na filosofia brasileira a partir da trajetória dele, não tanto a partir da querida Marilena Chauí, ou do Sr. José Artur Gianotti, mas sim a partir dos filósofos e filósofas gauches (e gaúchos) que nos anos 50, 60 e 70 liam Marx, Sartre, Heidegger, Kant, a partir de uma perspectiva que ainda preciso melhor definir em relação à tradição USPIANA da Maria Antônia....tenho pensando muito neste ano nas linhagens e heranças filosóficas que a gente assimilou em alguns casos mesmo sem saber e em outros de forma bem dirigida e orientada pelos currículos, conteúdos e recomendações de leitura em nossas formações....Por fim, participei de um debate inicial interessante sobre de que lado da cerca estamos em relação a Filosofia Analítica, ou melhor, como compreendemos os seus desafios, mesmo para aqueles que são dominados por temáticas continentais ou dialéticas e historicistas - como eu - e me surpreendi com a ausência deste debate em determinadas escolas....não creio que seja por irrelevância...
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