Bem amanheceu com esta notícia
ruim da morte do cantor, compositor e agitador Chorão da banda Charlie Brown
Jr. - pois eu vou dizer uma coisa que pode parecer coisa de adolescente tardio,
mas confesso que admirava muito a letras dele e as manhas que ele usava para
fazer seus vocais e ao mesmo tempo emocionar os jovens....em algumas
apresentações dele em festivais ou nos Planeta Atlântidas - o acompanhei por
rádio ou tevê e constatei a grande energia que ele gerava com os jovens e as
pessoas em seus shows....fiquei pensando no efeito reflexivo das suas canções
também, não porque elas eram profundas ou cheias de vôos conceituais, mas sim
porque eram simples e diretas e traziam consigo belos golpes em velhos inimigos
psicológicos e individuais....era como se o Chorão enfrentasse muitos dragões
do ego e do status quo em suas canções....e carregava também suas canções com
uma grande fé na vida, uma grande fé no amor e na amizade...mas também dava
porrada nos mascarados, nos otários e etc....não penso que seja uma má educação
os jovens aprenderam a não dar moleza em certas coisas....ao contrário...creio
que faz bem ter a capacidade de desmascarar certas coisas e desmistificar
certas coisas.
Também admirava a trilha que ele tinha na MALHAÇÃO. Fui
ver agora num site e tem umas 228
canções registradas em nome da banda Charlie Brown Jr. vale a pena conhecê-las
e ouvi-las para entender talvez a transição entre a minha geração e as gerações
seguintes dos anos 80 ao ano de 2013, porque considero ele bem representativo
de alguns de nós que vivíamos em centros urbanos e andávamos de skate – muitos com
a divisa SKATE OR DIE – e também é preciso considerar que sempre se manteve com esta
filosofia até agora aos 42 anos de idade.
Ele dizia claramente que buscava a
sabedoria e só isso já é um bom exemplo para mim, meus alunos e minhas filhas.
também não dá para dizer que nestes 21 anos de estrada não houve uma produção...
mas vamos sentir falta é da pessoa, da energia e dos textos cabeção dele...por
fim, considero que com a perda dele e da Cássia Eller – que para mim eram de
certa forma um par musical – cada um na sua - se fecha um ciclo da música
brasileira urbana...tinha tanta coisa para te dizer, mas vou terminar assim:
NÃO CHORA, VOCÊ VAI ANDAR DE SKATE UM DIA, CAIR E LEVANTAR
E SER FELIZ - VALEU CHORÃO!!!!!!
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