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domingo, 25 de dezembro de 2016

MEU MESTRE MINHA VIDA, MEU EDITOR MINHA OBRA, MEU LÍDER E A HISTÓRIA - RASCUNHO IMPRESSIONISTA, INACABADO E DIVERSIONISTA DE UM PROFESSOR À BEIRA DE UMA FORMATURA E DE UM LEITOR INVETERADO DE BIOGRAFIAS - 1

Deve haver uma extraordinária relação entre amor, amizade e educação. Ou, para pontuar mais exatamente a questão: entre amor e sabedoria. E eu já não tenho mais nenhuma dúvida de que ambos estão presentes na relação entre mestres e discípulos e em outros casos aparece também a mesma questão. E deve ser do tipo que mostra que a original assimetria entre um e outro é superada por algo do tipo cada um ao seu lado e a partir do seu lugar tira e dá o melhor de si para o outro. Chamava isto de transitividade. Tinha uma ideia de que compreender algo envolve estar ou se encontrar em simetria em algum momento ou posição em relação a este algo. Toda vez que mergulho mais profundamente em biografias de grandes mestres e seus grandes discípulos - o que vale aqui também para excelentes editores e excelentes conselheiros em relação a grandes autores e à grandes líderes - percebo que um aprende com o outro e que o nível de arranjo envolve certa reciprocidade e nivelamento quase imperceptível externamente, mas que visto mais de perto revela que o discípulo faz o mestre ser mestre e que o mestre faz o discípulo ser mestre. O único problema mais originário é o tempo e o critério a partir do qual um mestre escolhe ou aceita um discípulo e um discípulo escolhe ou aceita um mestre. Os acidentes da vida tornam a mesma dificuldade também comum ao amor e à amizade e só a sorte e algo que poderia ser chamado de uma visão pode levar um estranho confiar na mão de outro ou dar à mão para outro. A sorte, o acaso, o encontrão e a matrícula acidental numa escola, a entrada em um partido, o ingresso para um show, a aquisição de um livro e mesmo uma\ canção qualquer intervém ai...

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