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quinta-feira, 11 de julho de 2013

SOBRE O BOLSA FAMÍLIA: O IMPORTANTE DEBATE E DISCUSSÃO COM EXPERIÊNCIA, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Vanessa gostei muito do teu texto sobre o Bolsa Família. Ele acabou por me provocar a escrever sobre como vejo este tema, algumas condições do seu debate e também as posturas em relação a ele. E para mim isto é acima de tudo um exercício de pensamento e de reflexão, mas também de diálogo sobre como andam as discussões e sobre estes pontos de vista que aparecem nesta discussão. Concordo e simpatizo com aquilo que dizes e até mesmo por ter visto e testemunhado a vida das pessoas mudarem com este valor fico feliz que compreendas isto, mesmo sem nunca ter precisado de um auxílio deste tipo. No meu texto coloco algumas cosias muito pessoais como exemplos de como e a partir de quais dificuldades pessoais e experiências pessoais observo este debate. Vou te citar duas vezes e aqui para começar:

“Desejo que todas as pessoas que detestam qualquer programa efetuado pelo governo (seja ele em qualquer grau ou de qualquer partido) em beneficio dos mais pobres tenham em sua vida a MÁ sorte de perderem seus empregos, seus valores, sua educação e por que não dizer seus diplomas (muitos conseguidos em universidades federais ou particulares em meio a benefícios dados pelo mesmo governo, diga-se de passagem). Só assim...Passando um pouquinho de trabalho esta gente vai aprender e parar de falar mau do bolsa família...” 

É um gesto corajoso e extremo seu dizer isto, mas vejo um impulso nobre nele. Ao rogar tal maldição, você parece responder àqueles que debocham disto com aquela cara bem conhecida, ao mesmo tempo, em que são beneficiários também por este ou aquele programa esta ou aquela política do governo federal. Você pergunta ao final: Qualé meu? Tem aquele MEME do negrinho de favela inquirindo o pesquisador de universidade – que também recebe uma bolsa para estudar – se ele quer que ele abandone a bolsa família também? 

Eu tenho lembranças da miséria dos meus semelhantes muito duras. E esta é a parte do meu relato que é mais emocional e pessoal. Sei que posso me encontrar de novo com ela fácil, fácil, basta sair daqui onde estou agora e visitar alguns locais da nossa cidade. Mas as lembranças mais duras me aparecem de quando eu passava também por relativas dificuldades ou trabalhava de tal modo a ser mais exposto e próximo a quem passava por sérias dificuldades. Quando trabalhava na Cooperativa Ecológica Coolméia, ao final dos anos 80 e início dos 90, vez ou outra seguia para a Ceasa na busca de alimentos e também para receber de transportadores cargas de alimentos destinadas a nossa cooperativa por nossos produtores. Ao chegar lá, antes das cinco horas da manhã, eu me impressionava porque me deparava com uma quantidade de alimentos desperdiçados e espalhados no chão daquele grande estacionamento. Me espantava, também, com o fato de que os pobres das vilas próximas dali – em Porto Alegre – vilas Farrapos, Navegantes, Aeroporto e outras, estavam lá nos portões aguardando para poderem entrar e coletar os restos de alimentos, de verduras, de frutas, raízes e etc. Era uma imagem impressionante para mim aquilo. Mulheres com crianças de colo, criança de três, quatro, cinco ou seis anos e alguns poucos jovens e poucos homens saudáveis lá juntando alimentos. Os rostos famélicos, os corpos esquálidos me espantavam e me assustavam. Eu pensava naquilo como uma imagem de um campo de concentração ou um gueto e aquilo me doía por dentro, muito. 

Eu descobri ali naquele tempo que a luta contra a fome era mais ligada às mulheres e crianças. E também descobri ali naquela época que aquelas crianças não frequentavam a escola, porque não haviam escolas lá para eles. Mais tarde, sei hoje, o Governo Municipal Olívio Dutra incidiu sobre esta realidade e, também, com parceria do governo estadual de Alceu Collares. Onde Dilma era secretária aliás. Aquilo me impressionou de tal forma que fiquei anos mastigando e ruminando sobre aquilo e agora quando vejo que pegaram fogo estes tempos – em fevereiro aliás logo após o incêndio  da Boate Kiss, as casas das pessoas na Vila Dickie eu lembro delas. Também lembro de amigos meus que trabalharam com estas mesmas pessoas em porto Alegre tentando implantar a coleta seletiva de lixo e galpões de reciclagem. 

Lembro de um grande amigo que construiu na época no DMLU um entreposto de triagem de lixo. Ele contava que iriam acabar com as carroças no recolhimento de lixo e iriam implantar pequenos veículos para coletar este lixo e ter mais mobilidade e segurança pára este povo. Mas não foi possível, porque logo depois e perderam a eleição e este projeto se desapareceu, se evaporou. Pois eu contei uma vez esta história para alguém que me olhou nos olhos e disse que também havia uma vez na vida catado restos de comida em Ceasa em Santos e que sabia o que era juntar e limpar alimentos que alguns senhores não dão nem para os porcos, nem para seus animais de estimação em casa. E eu sempre lembro desta imagem toda vez que alguém fala no bolsa família, porque eu sei que só alguém que já viveu na pobreza extrema – que tem o nome de miséria – por muito tempo ou por pouco tempo sabe o que é isso.  Estou dando este depoimento porque ele para mim é fundamental.

Eu não aceito mesmo que alguém venha falar de dificuldades na vida em comparação com estas pessoas ou deslindando ou desdenhando de qualquer ajuda que se dê a estas pessoas se não sabe o que é isso, se não tem consciência do que é isso. E o bolsa família foi feito e pensado por pessoas que sabem exatamente o que é isso e que não aceitam isso. Então o bolsa família não é uma esmola que é lançada num chão molhado para um mendigo juntar, não é um resto de comida no chão da Ceasa de lugar nenhum deste país, é um dinheiro que é pago mensalmente numa conta de uso da sua beneficiária e de seus filhos, para ela ir lá e comprar comida ou aquilo que ela achar necessário para a sua família.   

Agora eu lembro bem quando eu ganhava R$ 250 reais para dar 13 horas aula como contrato emergencial em Campo Bom e trabalhava de eletricista com meu pai ganhando algo mais e vivia num aperto – morando aqui na Scharlau na Rua Ceará, 421. Sei que se eu tivesse ganho uma bolsa família, por incrível que pareça, talvez algumas dificuldades na minha vida não tivessem ocorrido.  Mas eu não procurei este programa e não ganhei este benéfico que sequer existia na época e um pouco depois superei aquele aperto.

Só quem já passou por apertos financeiros, mesmo sendo de classe média, sabe a diferença que faz R$ 100,00, R$ 150,00 ou R$ 200,00 a mais no fim ou no início do mês. Mas mesmo assim não sabe o que é juntar comida no chão da Ceasa ou viver numa casinha de chão batido e sem luz e sem água. Eu sei e passei por diversos momentos difíceis na vida, alguns sem família para sustentar e outros com minha filha recém nascida, mas nunca passei por isto. Eu recebi auxílios e a até mesmo empréstimos de amigos e companheiros que me ajudaram muito nestes momentos. E também ajuda de familiares. Mas fico pensando nas pessoas que não tem por onde. E eu sei e sei que todo mundo aqui sabe que existem mesmo pessoas que não tem por onde conseguir um auxílio ou uma renda passageira em momentos difíceis. Assim, como sei que algumas pessoas tentam tirar também os poucos vinténs que estas pessoas possuem, seja explorando-as seja ludibriando-as. 

Logo depois dessa experiência de muito aperto por uma bela coincidência e, também, consideração e uma dose de generosidade e muita bondade de uma colega de magistério, consegui estender minha jornada de trabalho, com mais um contrato para 40 horas e sustentar minha família com uma menina recém nascida que hoje já tem 14 anos. Foi quando comecei a lecionar no Olindo Flores em 1999. E eu lembro como as coisas eram ruins para os meus alunos também naquela época. Lembro da quantidade imensa de alunos matriculados no noturno e também das muitas dificuldades econômicas deles. E eles eram adolescentes. Hoje meus alunos do noturno no Olindo discutem qual balada vão ir e não se tem grana para comer ou não. Não discutem mais se tem grana para a passagem. E eu e você sabemos porque. 

Não penso só em mim. E ainda que respeite muito todas as dificuldades das outras pessoas e, inclusive, daquelas que não gostam do bolsa família, defendo o bolsa família sim. Agradeço muito que o bolsa família exista porque para alguns brasileiros ele é a base mais segura de renda. Sempre vou me lembrar daqueles horistas e colhedores de cana, dos serventes desempregados, das domésticas e seus baixos salários, das grandes avós que alimentaram todos os seus netos, porque as filhas amalucaram por alguém e que assumiram e etc. 

E existem várias fontes que indicam aspectos positivos do bolsa família. Li um artigo a pouco tempo sobre isto que afirma como manchete que o bolsa família “enfraquece o coronelismo e rompe a cultura da resignação”. Outro afirma que o IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, informa que o bolsa família não estimula a acomodação e que ao contrário estimula a busca de empregos e a iniciativa empreendedora. Também já li artigos que demonstram o papel decisivo do bolsa família na geração de um mercado interno de consumo de bens duráveis que antes não existia, por impacto a partir do consumo de alimentos e bens de consumo doméstico. Sobre o impacto do bolsa família nas pequenas cidades nordestinas. E também sobre a reversão da miséria em vários locais e rincões do Brasil. Mais dados apontam também que o bolsa família reduziu em 17% a mortalidade infantil das crianças menores de cinco anos entre 2005 e 2009. Aparecem e tem sido apresentados dados também sobre formalização de trabalhadores provocada pelo bolsa família. E os números do impacto do bolsa família são assombrosos. Trata-se de mais de 50 milhões de pessoas que foram atingidas diretamente pelo programa desde a sua implantação em 2003. 

Assim, qualquer pesquisa realmente interessada em avaliar, discutir e verificar os resultados do bolsa família tenderá a encontrar resultados e um impacto muito positivo lá na vida real das pessoas que estavam na miséria e que, segundo a opinião de um jornalista respeitado – Eric Nepomuceno, conquistaram uma pobreza com mais dignidade e que, ao meu ver e pela minha observação nos sistema educacional, caminham através dos seus filhos para superar esta condição. E este povo é povo da vila. É parte do povo que conquistou casas aqui em São Leopoldo e que se encaminha para ser emancipado econômica e culturalmente.       

Conheço a vida deste povo da vila. Convivi muito tempo com o povo pobre também na rodoviária de São Leopoldo nos anos 80. E não tenho a menor dúvida que mudou o perfil desta importante parcela da população brasileira que não recebia assistência ou que recebi a anos atrás o rancho ou  a sacola econômica da assistência social. Lembro que estas pessoas hoje enfrentam as chamadas condicionalidades que envolvem o acompanhamento das crianças beneficiadas no sistema de saúde e na escola. Um exemplo disto é que hoje você não encontra mais nenhum menino na rua carregando uma caixa de engraxar sapatos para aumentar a renda familiar. Lembro talvez do último em 2002 na Rua Grande amiga. Nossa, tenho tantas histórias de outros tempos deste Brasil.

Depois vi você responder a alguém que diz não se sentir obrigada a concordar contigo e com o que não aprova, assim:

“Não entendo uma pessoa que diz ter passado trabalho na vida não concordar que famílias carentes possam não passar pelo mesmo...Também passei trabalho na vida e fico muito feliz em saber que HOJE as atuais crianças possam ter recursos que muitos em muito tempo atrás não tiveram...O tempo das crianças das sinaleiras estará contado com um plano que além de beneficiar mantém estes em boa situação escolar e de saúde (pois para receber o beneficio os pais destes tem que manter a criança vinculada a escola e manter as vacinas em dia)...Talvez você já tenha esquecido o quanto foi dura a época em que passou trabalho...Eu por outro lado não...Não generalizo...a reza citada a cima é uma forma irônica de demonstrar meu repúdio e meu não entendimento em relação ao pensamento destes que não apoiam algo que possa ajudar seu próximo...Sobre você não concordar com meu pensamento acho justo...E em resposta a sua pergunta sobre ser obrigada te digo que da mesma forma que não é obrigada a concordar também não é obrigada a vir escrever no meu mural....”

E continuo concordando contigo sobre isto também. Em todo o sentido do que dizes, o que está em jogo parece ser concordar ou não, ter a mesma opinião ou opinião diferente. E eu tenho pensado nisto por demais ultimamente. Porque vejo que algumas pessoas confundem coisas que são matéria de opinião, com coisas que são matéria de conhecimento. Vejo que ao fazerem isto defendem suas opiniões como legítimas a priori.

Ora, temos que analisar isto mais por amor à verdade e também porque não creio que seja razoável, bom ou aceitável, nós guiarmos nossa consciência ou nossos juízos por opiniões questionáveis, muito duvidosas ou suspeitas. E são duvidosas para mim todas as opiniões que são proferidas com ar jocoso, leviano ou arrogante. Não preciso apontar os comentaristas que fazem isto. Penso que há por trás disso uma tentativa de ser popular ou popularesco que me avexa, porque olha para o povo achando que o povo gosta de desdém ou de comentário rancoroso ou rançoso. Não creio que goste muito disto. Isso me parece um elemento cultural forçado e inculcado na forma de comunicação de uma geração que me parece mais reacionária e queixosa do que revolucionária ou reformista.

Muito menos julgo razoável julgar programas que mudam a vida das pessoas por nossas opiniões ou exclusivamente a partir das nossas próprias experiências, sejam elas felizes ou infelizes. Quer dizer temos que ser capazes mesmo de pensar em perspectivas mais amplas e de forma desapegada da nossa própria experiência e este é um movimento de pensamento que pode nos ajudar a compreender melhor os outros e seus próprios contextos de vida. Este é um exercício que sempre preciso fazer como professor e creio que vários profissionais e tipos de atividades cotidianas nos colocam o mesmo desafio para a inteligência.     

Hoje mesmo tive uma discussão com isso. Mas penso que as pessoas deveriam avaliar o programa pelo que ele realmente é e pelo que ele realmente produz. Podemos avaliar por experiência, informação ou conhecimento. Por experiência é a partir da nossa visão singular e particular. Disto podemos apenas derivar impressões e opiniões. E, então, com clareza evitar generalizações. Conheço pessoas que pegam três casos ou um pouco mais e generalizam a dimensão negativa para ter uma base para sua abordagem crítica.

Ora, para dar um exemplo, em São Leopoldo devem ser aproximadamente 7.000 famílias. Você conhece todas elas? Sabe o papel desta renda mínima na vida de todas elas? Penso que para julgar é preciso ser bem informado e conhecer.  Por informação temos que considerar as informações disponíveis à opinião pública e nos dar conta de que a maioria delas é tendenciosa. Há muito preconceito de classe nos juízos sobre o bolsa família e, por outro lado, creio e penso que precisamos parar de atribuir cientificidade às notícia de jornal, aos artigos de opinião ou aos comentários. 

Na televisão, por exemplo, o que tenho visto é a maioria dos âncoras irem contra, não me surpreendo então que se forme um mar de opiniões contrárias. Mas mesmo assim creio que precisamos mesmo ultrapassar este senso comum. Além disso, há um discurso político de oposição ou de crítica apenas que é mais raivoso e emocional do que propriamente objetivo. Assim, penso que devemos mesmo discutir o bolsa família, mas evitar as generalizações e as apelações emocionais.

Conheço muitos casos de êxito do bolsa família e também tenho conhecimento de desvios, mas sei que mesmo os desvios podem ser corrigidos. Mas dai é preciso denunciar e é preciso ter uma atitude menos indolente, buscando o fone do disque denúncia e ligando para os gestores apurarem este ou aquele desvio. Por fim, quanto ao conhecimento creio que é a única instância de juízo correta e justa e devemos balizar nossos pareceres e quiçá nossas opiniões a partir de alguma coisa parecida com isto. Não dá para considerar - simplesmente - como muitos as opiniões de alguns, os discursos inflamados de outros ou as matérias de imprensa como local de divulgação oficial da ciência brasileira e de todo o conhecimento e informação sobre isso e outras coisas. Não é o caso. Ora, precisamos relativizar isto, pois por melhor que seja o jornalista ou por mais honesto e correto que seja seu editor o jornalismo tem caráter informativo, não estrita e rigorosamente científico. E o jornalismo também erra. Então há muita leitura ingênua das opiniões e das matérias jornalísticas atuais.

E mesmo, considerando respeitosamente, que eu deva respeitar o direito a opinião me dá muita aversão ver opiniões superficiais ou personalíssimas sobre isto. Entendo a questão e o argumento aposto da necessidade de ensinar a pescar e não ficar dando o peixe. Mas mesmo este argumento é repetido e reproduzido ingenuamente por ai. Mas com o bolsa família estamos tratando de alimentar aqueles que ainda não sabem pescar ou que não aprenderam. O que eu mais vejo é uma avaliação moral dos beneficiários e isto não é o objetivo desta política social. Ao meu ver ela procura proteger as crianças e criar condições para se superar a miséria e se esta atingindo este objetivo o resto é subordinado a isto mesmo. Aqui ainda vale o que tenho pensado sobre infalibilidade na política pública o que não existe, de resto não existe em atividade humana alguma. Então, temos que medir e sopesar os resultados positivos e reduzir e corrigir o que não dá certo. Neste sentido - penso - que é só por desconhecimento mesmo que se julga que o bolsa família não dá certo. E ainda há aqueles que julgam que o bolsa família é eleitoreiro. Bem, aqui em São Leopoldo não é e descobri isto da forma mais objetiva possível.  

Não devo entender mal quem vai contra o bolsa família por suas razões, opiniões ou experiências. Mas penso sim que não é por retórica ou safadeza que devemos avaliar ou pensar também sobre este programa.

Eu não tenho problema nenhum em ir contra isto ou aquilo se minha consciência sopesando minha experiência, informações disponíveis e conhecimento, me convencer plenamente de que devo fazer isto ou aquilo.

Mas creio - e não tenho dúvida de que você sabe exatamente o valor do que digo - que devo ser justo sempre e ao máximo, por mais relativo que isto pareça e ser justo para mim hoje é sim lutar para mudar o atual sistema político que ai está e inclui, também, continuar a apoiar e amparar as pessoas que precisam de amparo e apoio.

Para mim, o bolsa família também é um programa de proteção social neste sentido e devemos mesmo lutar para manter este programa funcionando e sendo usado por quem precisa. O meu exemplo acima de um ex-aluno de universidade desempregado ou mal empregado demonstra que se até para mim isto é um auxílio e foi um dia importante, imagina para quem tem todas as outras dificuldades que apontei e que eu não tive.

Assim, não tenho nenhuma dúvida de que as minhas dificuldades foram fichinha perto das demais dificuldades e das dificuldades de muitas pessoas do povo brasileiro.

E isto me parece o mérito do teu texto provocativo: não dá para comparar e é preciso respeitar muito mais quem precisa do bolsa família.


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