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terça-feira, 21 de maio de 2013

SOBRE AS INTERPRETAÇÕES FILOSÓFICAS: PIERRE AUBENQUE


“Não há aqui critério decisivo de eleição, mas sim uma sanção retrospectiva da história. Na sucessão histórica das interpretações – consequência dos seus conflitos por direito Inacabáveis –, distinguimos espontaneamente (e justificadamente) entre interpretações profundas ou superficiais, produtivas ou estéreis, interessantes ou entediantes, importantes ou fúteis, entre as que fazem história e as que são esquecidas logo em seguida [...]. Estas distinções, evidentemente, não superam a distinção entre o verdadeiro e o falso. Elas substituem tal distinção – na falta de algo melhor, se se preferir, mas com a liberdade e a responsabilidade que isto implica. E a substituem no domínio da filosofia. Domínio este em que nunca se tem afirmações inteiramente verificáveis, mas sim interpretações, sejam de primeiro grau, como as do filósofo (o qual interpreta o mundo, a ciência, a arte etc.), ou de segundo grau, como as do historiador da filosofia. Minha conclusão é que entre as interpretações de primeiro grau do filósofo e as meta-interpretações do historiador da filosofia há homogeneidade e continuidade...” 

Pierre Aubenque. 1992

(in: AUBENQUE, Pierre, “Sí y no (La historia de la filosofía, ¿es o no filosófica?)”, in CASSIN, Barbara (ed.). Nuestros griegos y sus modernos: estrategias contemporáneas de apropiación de la antiguedad. Madrid:Alianza Editorial, 1994, pp. 19-31

Citação encontrada na notável Tese de Sergio Hugo Menna.

In: MENNA, Sergio Hugo. Máquinas, gênios e homens na construção do conhecimento: uma interpretação heurística do método indutivo de Francis Bacon. Tese de Doutorado. Campinas: Universidade de Campinas, 2011, página 12

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