"Desde que, adulto, comecei
a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o mínimo que um
escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é
acender a sua lâmpada, trazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que
sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos.
Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma
lâmpada elétrica, acendamos nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos
fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos do nosso
posto."
Érico Veríssimo, Solo de Clarineta, Volume 1.
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